O Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que em 2022 o Brasil somou 200.322 casos de estelionato virtual. Em 2021, foi registrado 120.470, um aumento de 66,2%.
No Distrito Federal, o crescimento foi de 55%. Em 2021, os crimes digitais somaram 10.049, enquanto em 2022 o índice passou para 15.580.
De acordo com Eduardo Nery, da Every Cybersecurity and GRC Solution, empresa especializada em segurança da informação, a pesquisa aponta que o crime organizado reduziu seus investimentos em crimes com uso de força física e armas, tendo como alvo os cidadãos, que implicam em punições maiores, chamam mais a atenção da polícia, os custos são grandes e os riscos maiores, e passou a investir em crimes virtuais.
“Agora, os crimes são cometidos digitalmente e não necessariamente no estado e país que as pessoas estão. Então, é possível cometer um crime no Brasil, simulando que está na Bélgica, estando nos Estados Unidos. É quase impossível rastrear os passos dos criminosos digitais”, diz o especialista.
Dicas do especialista
Eduardo Nery dá algumas dicas de como evitar cair em golpes digitais. O primeiro passo é desconfiar do meio digital, ou seja, sempre que for acessar um serviço virtual, desconfie.
Outra dica importante é na criação das senhas. Segundo o especialista, as senhas devem ser mais elaboradas e com variações de letras, números e caracteres diferentes. Nomes de filhos, datas de nascimentos não devem ser usados.
Além disso, as senhas devem ser alteradas mensalmente. Evite se conectar em redes de Wi-Fi públicas, de restaurantes, hotéis, entre outros.
Nem o roteador doméstico está livre dos golpistas. Portanto, sempre que possível, altere a senha do roteador físico de sua casa.
Jamais clique em links desconhecidos. Atenção ao fornecer os seus dados pessoais e bancários a sites e aplicativos, bem como presencialmente. (BNews)