Salvador: Mulheres denunciam assédio sexual em delicatessen e acusam seguranças de deixarem suspeito fugir

“Ficamos nervosas, angustiadas, nos sentindo vulneráveis, duas mulheres afirmando o assédio e nada foi feito contra o suposto cliente”

Foto: Reprodução/GoogleMaps

A jornalista Carol Felippi denunciou, na noite desta quarta-feira (14), uma situação de assédio sexual ao qual ela teria sido vítima, juntamente com a enfermeira Mariane Laura. O crime teria ocorrido nas dependências de uma das lojas da Perini, localizada no bairro da Graça, em Salvador.

“Estava fazendo compras na Perini da Graça e fui abordada por um cliente, que supostamente estava fazendo compras. Quando passei pelo corredor, ele impediu minha passagem, dizendo que não deixaria eu passar, falando bem próximo do meu rosto. Uma cliente com seu filho viu toda a situação e ficou observando.

O suposto cliente gritou ‘vocês querem chupar meu pinto?’ ”, relatou Carol por meio de uma mensagem enviada para o perfil da Perini nas redes sociais, que foi compartilhada por ela em seus stories.
Carol entrou em contato com a loja pois teria pedido ajuda aos seguranças do estabelecimento, mas eles nada fizeram. “Chamamos o segurança da loja e os mesmos ainda permitiram que ele terminasse a compra e em todo o momento ele ficou insultando a gente, dizendo: ‘vocês não sabem o que é isso?? São inocentes? ’”, continuou a jornalista.

A enfermeira também tentou contato via direct com a loja, relatando a situação e afirmando que o único pedido feito aos seguranças era de chamar a polícia. “Em desespero acionamos os seguranças da loja que nada fizeram, ele seguiu fazendo as compras e nenhuma providência foi tomada, na ocasião pedi que eles chamassem à polícia e não deixassem o mesmo sair da loja e eles nada fizeram. Sequer perguntaram o que estava acontecendo, olharam as câmeras, nada, absolutamente nada”, escreveu Mariane.

Além da falta de respostas às mensagens enviadas via rede social, a Perini teria ainda, de acordo com a jornalista, apagado os comentários onde ela denunciava a situação ocorrida na unidade da Graça. Segundo ela, havia seis seguranças na loja, que apenas se predispuseram a acionar a polícia após o homem finalizar as compras e ir embora.
“Ficamos nervosas, angustiadas, nos sentindo vulneráveis, duas mulheres afirmando o assédio e nada foi feito contra o suposto cliente. O que vocês me dizem em relação ao que aconteceu? Eram 6 homens diante da situação e nada”, lamentou a jornalista. (metro1)

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