Salvador: Policiais influencers são presos após compartilhamento nas redes sociais: “Violação de preceitos éticos”

Os policiais militares e influenciadores Alexandre Lázaro “Tchaca” e Ivan Leite, cumprirão 15 dias de detenção no Batalhão de Polícia de Choque/ BPChq, em Lauro de Freitas.

Os policiais militares e influenciadores Alexandre Lázaro “Tchaca” e Ivan Leite, cumprirão 15 dias de detenção no Batalhão de Polícia de Choque/ BPChq, em Lauro de Freitas.

De acordo com a Polícia Militar, a prisão dos agentes se deu após conclusão do processo de apuração de conduta disciplinar, por violação dos preceitos éticos e disciplinares contidos no Estatuto da PM baiana, após compartilharem cards nas redes sociais com cunho político.

Com 152 mil seguidores no Instagram, Alexandre Lázaro, mais conhecido como Alexandre Tchaca, se apresentou na tarde desta segunda-feira (27), na 23ª CIPM, no bairro de Tancredo Neves. Na sua chegada, ele concedeu uma entrevista para a Record TV Itapoan, onde alegou inocência.

“Eu posso dizer que está público lá no processo, que eu não cometi nenhum crime, nenhuma falha, nada que pudesse estar pagando isso aqui”, se defendeu. Um Processo Administrativo Sumário (PDS), aponta que o militar teria divulgado, no dia 21 de agosto de 2021, uma propaganda político-partidária via rede social, fato que ele nega.

“Aquela foto minha está disponível no meu Instagram. Alguém pegou, fez o card, foi postado em uma página que eu não conhecia e eu estou sofrendo sanção. Era uma coisa que eu não autorizei, eu não me posicionei, eu não compartilhei. Inclusive o relator do processo pede arquivamento em relação ao meu caso porque eu não tenho culpa de nada”, justificou.

Tchaca é pré-candidato a vereador de Salvador pelo PSDB. Ele também é um dos nove policiais militares réus pela morte de 12 jovens na madrugada de 6 de fevereiro de 2015, na Vila Moisés, em Salvador, no caso que ficou conhecido como Chacina do Cabula.

A defesa de Ivan Leite argumentou que ele compartilhou o card por considerá-lo relevante para a categoria, sem intenção de má-fé. A defesa afirma que desconhece os criadores do cartão e enfatizou que a imagem já era pública em sua rede social.

Fonte: Bahia Notícias

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