‘Se não for em setembro, vai ser em outubro’, diz secretário da Saúde sobre volta às aulas na Bahia

Foto: Divulgação

A retomada das aulas presenciais na Bahia pode ser uma realidade a partir do mês de setembro, segundo o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas em declaração dada em entrevista ao Correio da Bahia, realizada na manhã dessa quarta-feira (12). “Inicialmente, se está pensando em retornar progressivamente a partir do mês de setembro, mas isso depende de como vai se comportar o número de óbitos. Se não for em setembro, vai ser em outubro”, afirmou.

Para o secretário, a volta às aulas pode acontecer ainda esse ano, mesmo em plena pandemia do novo coronavírus, se for feita de forma organizada. A definição dos protocolos de retomada e da data exata de retorno será feita por um grupo de estudo composto por outros agentes do governo estadual. “Não sou eu quem define a previsão. Isso está sendo discutido dentro de um grupo que envolve também a Secretaria de Educação e o próprio governador”, explicou.

Um dos homens públicos à frente das decisões referentes ao combate ao coronavírus no estado, Vilas-Boas não tem tido muito tempo livre. Mesmo assim, encontrou um espaço na agenda para receber a reportagem enquanto se deslocava do Hospital Ernesto Simões Filho, na Caixa D’agua, para o seu gabinete, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Ele tinha acabado de entregar as obras de requalificação do Complexo de Saúde César de Araújo, em Salvador, que abriga, dentre outros hospitais, o Geral Ernesto Simões Filho (HGESF), que é uma das unidades de saúde baianas, referência no combate à covid-19. No total, são 80 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivos para o combate à doença no local.

Até as 14h dessa quarta-feira, 12, a taxa de ocupação dos leitos de UTIs no estado é de 61% e, segundo o secretário, tem caído progressivamente. “O fato de você ter mais leitos disponíveis não torna a população menos aderente às medidas de proteção. Ninguém sai para a rua, pois sabe que vai ter leito de UTI, se precisar. As pessoas que estão deliberadamente se expondo ao risco de se contaminarem fazem isso de forma irresponsável e inconsequente”, defendeu.

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