Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-deputado federal pelo PRB e cantor Sérgio Reis falou sobre a contratação de shows de artistas sertanejos por prefeituras. Na ocasião, ele disse que o valor destinado para atrações promovidas pelo órgão público “é dinheiro para o público, não é dinheiro público”.
Para diferenciar esse tipo de pagamento daquele realizado através da captação de dinheiro via Lei Rouanet, que é criticada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), o artista procurou argumentou que uma “prefeitura precisa levar lazer para o povo da cidade. Então, meu amigo, se tem uma festa, qual é o problema de ela ter artistas?”, disse Sérgio Reis.
“Das prefeituras a gente ganha. Com a prefeitura, é contrato, lógico. Você tem que dar o dossiê da sua empresa, dar nota fiscal, normal”, afirmou. O cantor disse ainda que ao longo de carreira fez uso dessa estratégia. “O prefeito tem que levar alegria para o povo. O que é que há? O prefeito ajuda o comércio local. Uma festa gira dinheiro para o pipoqueiro, o pobre que vende algodão-doce, a dona de casa que faz doce caseiro e vende na banquinha na festa”, disse.
A discussão sobre o tema veio à tona na semana passada após o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, atacar Anitta. O sertanejo disse durante um show que não dependia da Lei Rouanet e que não precisava fazer uma “tatuagem no ‘toba’ para mostrar se a gente está bem ou mal”, em referência a uma tatuagem da cantora. (bahia.ba)