SP: Mulher passa mal e morre em festa em meio a pandemia: ‘O samba não parava de tocar’, diz amigo; vídeo

Foto: Divulgação

Uma mulher de 31 anos morreu na noite deste sábado na pista de dança de uma festa na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo. Marina Gomes Vieira, de 31 anos, passou mal durante a comemoração da despedida de solteira de uma amiga. Algumas pessoas do público filmaram a vítima sendo socorrida e reclamaram que a banda sequer parou de tocar enquanto ocorria o atendimento.

Marina começou a se sentir mal depois de tomar uma cerveja e de uma rodada de tequila, no Armazém Maya. Pouco depois, ela relatou para os amigos que não estava passando bem.

— Primeiro ela teve uma convulsão, depois uma parada cardíaca. Ela foi reanimada por uma enfermeira que estava no local, em outra mesa. Ela foi reanimada duas vezes antes de chegar o socorro. Enquanto isso, o samba não parava de tocar. Estamos todos indignados com isso — disse o corretor de seguros Wesley Miotti.

Uma outra testemunha, que preferiu não se identificar, reclamou que o estabelecimento não permitiu a retirada de Marina. Os amigos da vítima então decidiram ligar para o Samu.

— Eles não tinham um bombeiro na casa, ninguém para prestar socorro, o samba continuava, as pessoas bebendo, os garçons passando do lado, foi uma cena de terror. O que aconteceu foi deprimente, uma coisa estúpida — disse.

Amigos da vítima reclamaram do bar Foto: Reprodução
Amigos da vítima reclamaram do bar Foto: Reprodução

O socorro chegou cerca de 34 minutos depois do chamado, de acordo com a direção do Armazém Maya. Mas para tentar salvar a vida de Marina, os profissionais de saúde tiveram que atravessar o salão ainda ocupado com pessoas a dançar e a banda tocando samba.

— O Samu chegou muito depois, mas eles passaram com custo, os bombeiros passando com a música tocando, ninguém parou, ninguém teve a sensibilidade de parar. Foram atender e ela morreu no local. Fizeram massagem cardíaca e ela já saiu morta — afirmou.

O Armazém Maya funciona normalmente neste domingo. Nas redes sociais da casa de eventos há registros de um show com público em pé no local. Procurado pelo GLOBO, o estabelecimento informou que não se trata de uma casa de espetáculos, mas de um bar com música ao vivo com capacidade para 400 pessoas. E, portanto, não tem obrigação de manter uma ambulância no local. (Globo)

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