Neste sábado (23), completa-se um ano da morte do dentista Lucas Maia de Oliveira, 36 anos, encontrado em seu apartamento no condomínio de luxo Celebration Garibaldi, no bairro Rio Vermelho, em Salvador, sem vida dois dias depois, em 25 de novembro de 2023. Natural de Santo Antônio de Jesus, Lucas residia na capital baiana há anos e era proprietário de uma clínica odontológica no bairro dos Mares, na Cidade Baixa.
De acordo com as investigações iniciais, o corpo de Lucas não apresentava marcas de tiros, mas seu pai, em declarações à polícia, afirmou suspeitar que ele tenha sido asfixiado antes de ser amarrado pelos pés com um lençol. O apartamento estava completamente revirado, com móveis quebrados e pó de café espalhado pelo chão. O cachorro da vítima foi encontrado preso na varanda, enquanto objetos como o carro, celular, televisão e notebook de Lucas haviam sido roubados. O veículo foi localizado dias depois, mas o mistério em torno da morte do dentista permanece sem respostas definitivas.
O Suspeito e a Prisão
O principal suspeito do crime, Patrick Pereira Pinho, de 22 anos, foi preso quase um mês após o ocorrido, em 18 de dezembro de 2023, em uma operação policial. Ele foi encontrado escondido sob uma pia, coberto por um lençol. Durante o interrogatório, Patrick afirmou manter uma relação de amizade com Lucas, mas revelou que os dois haviam brigado por uma dívida de R$ 100. Rumores também sugeriram que a discussão poderia estar relacionada ao uso de drogas, mas a família de Lucas desmentiu a versão, apontando que um laudo pericial atestou que não havia substâncias ilícitas no organismo da vítima no momento de sua morte.
Ainda segundo a família, Patrick teria sido solto e estaria respondendo ao processo em liberdade. No entanto, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) não confirmou oficialmente essa informação. A reportagem aguarda um posicionamento do TJ sobre o andamento do caso.
Clamor por Justiça
Enquanto a investigação continua sem desfechos claros, os familiares de Lucas seguem clamando por justiça. Em entrevista, Rian, irmão da vítima, expressou sua revolta e desespero diante da situação.
“Ele foi assassinado por um cara de sangue frio, um assassino que está a solto, e a gente como família quer saber porque ele está solto. A gente quer respostas do Ministério Público, queremos buscar justiça por isso”, afirmou.
O caso segue sendo monitorado por advogados da família e pela sociedade, que aguarda uma resposta definitiva das autoridades sobre a punição do responsável pela morte do dentista.
A dor e a indignação da família de Lucas Maia, um ano após sua morte, continuam sendo um símbolo da luta por justiça em casos de violência em Salvador. Enquanto isso, o clamor por esclarecimentos e punição para o acusado permanece vivo entre aqueles que amavam Lucas e ainda buscam respostas para o trágico fim de sua vida.