Um mês após ser anunciado, o hospital de campanha que funcionará na antiga maternidade Mater Dei, em Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, localizada a cerca de 100 km de Salvador, não tem data para ser entregue.
A unidade de saúde municipal que estará focada em atendimento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus está sendo montada na maternidade do município, que está fechada há cerca de seis meses. O anúncio da implantação do hospital de campanha foi feito no dia 23 de abril, quando a prefeitura decretou a oficialização do Mater Dei como hospital de campanha.
Na ocasião, a prefeitura informou que a expectativa é que ele começasse a operar ainda em abril, mas um mês após o decreto, a unidade não foi entregue. Muito operários ainda trabalham nas obras do local.
Após pronto, o hospital vai oferecer 50 leitos de enfermaria e 10 de UTI com respiradores. O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, disse em entrevista que parte dos respiradores já está na cidade, mas não detalhou quantos aparelhos.
Disse ainda que se o total de respiradores pedidos não chegarem na cidade, vai solicitar respiradores emprestados ao governo do estado para colocar o hospital de campanha em funcionamento.
Ainda de acordo com o prefeito, as obras são de responsabilidade da prefeitura, mas a compra de equipamentos e a contratação de profissionais são de responsabilidade de uma empresa terceirizada que irá administrar o hospital.
Colbert informou que as equipes de saúde foram selecionadas e já estão prontas para começar a trabalhar, mas não disse quando a unidade vai entrar em funcionamento.
Na quarta-feira (27), Feira de Santana, teve 30 casos confirmados de pacientes infectados pelo novo coronavírus, com o número total de casos que passam de 400, com seis mortes.
Feira conta com leitos de UTI do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Dez novos leitos foram inaugurados no início de maio para o tratamento de Covid-19. A ala foi instalada no antigo Centro Obstétrico do HGCA.
Atualmente o HGCA possui 18 leitos de terapia intensiva, 16 leitos de estabilização e mais sete leitos de sala vermelha. (G1)