Vacina da Covaxx será testada no Brasil; busca por voluntários começa neste ano

A syringe with a vaccine is seen ahead of trials by volunteers testing for the coronavirus disease (COVID-19), and taking part in the country's human clinical trial for potential vaccines at the Wits RHI Shandukani Research Centre in Johannesburg, South Africa, August 27, 2020. Picture taken August 27, 2020. REUTERS/Siphiwe Sibeko

A rede de laboratórios brasileira Dasa anunciou uma parceria com a Covaxx, uma divisão da americana United Biomedical, para testar uma nova vacina contra a Covid-19 no Brasil. O teste contará com pelo menos 3 mil voluntários.

Em entrevista à CNN, na manhã desta quinta-feira (10), Gustavo Campana, diretor médico da Dasa, explicou que os primeiros resultados, caso sejam satisfatórios, estão previstos para final de 2021 e início de 2022.

“Esta é uma vacina sintética e que não tem nenhum processo de cultura, de crescimento viral ou de utilização de vírus neste processo. Portanto, isso traz um potencial de alta segurança e também de alta eficácia desta vacina”, explicou. 

A produção da vacina ainda se encontra no início da pesquisa clínica em humanos. A previsão é que os laboratórios tenham os primeiros resultados em novembro. O médico afirma ainda que o processo de testes exige grande rigor técnico. E, por isso,  a vacina não estará disponível para a antes de 2022. 

“Este não é um processo trivial, existe um rigor técnico bastante grande. Tendo resultados satisfatórios nestes 3 mil pacientes, nós podemos fazer uma primeira avaliação de registro da vacina e mantendo sempre esta segurança até completarmos os 24 meses. Os primeiros resultados são previstos para o final de 2021 e início de 2022”, disse.

“O grande objetivo agora é que a gente consiga a maior cobertura vacinal da população. Não é uma estratégia ter um único produto, e sim que a gente tenha diversos produtos que garantam isso. Claro que a gente tem este benefício de ter resultados de outras vacinas. Mas o nosso objetivo não é ser único e, sim, auxiliar no combate à Covid-19., finalizou. (CNN)

google news