Doses falsificadas de imunizantes contra a Covid-19 podem ter sido aplicadas em um grupo de empresários e familiares destes, vacinados de forma clandestina em Belo Horizonte, Minhas Gerais. A hipótese foi levantada pela Polícia Federal, que investiga o caso, nesta terça-feira (30).
A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da enfermeira que teria aplicado as vacinas no grupo de mandatários da Salitur, empresários do setor de transporte que teriam adquirido vacinas de forma ilegal, burlando a lei que determina entrega ao SUS nos casos de aquisição por pessoa jurídica, conforme divulgado na semana passada pela Piauí. Conforme a publicação, a aplicação teria custado R$ 600 por pessoa (reveja).
Foram apreendidos frascos com soro no endereço da enfermeira e o material será periciado, segundo reportagem de O Tempo. Também foram recolhidos cartões de vacinação, seringas, agulhas, luvas e outros materiais.
Além da hipótese de vacinas falsas, outras duas linhas de investigação ão avaliadas pela PF. A primeira é de que as doses tenham sido importadas do Chile e a segunda considera que o imunizante pode ter sido desviado a partir do Ministério da Saúde. Os empresários, seus familiares e políticos que receberam as doses poderão ser responsabilizados criminalmente por receptação e vacinação irregular. (BN)