Vereadores encontram plenário fechado, e fazem sessão improvisada na Câmara

Foto: bancada de oposição

Um grupo de vereadores da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) improvisou uma sessão como forma de protesto após encontrarem o plenário da Câmara Municipal de Salvador fechado. No total, 20 vereadores foram para a sessão convocada pelo presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB), que está em viagem de pré-campanha no Oeste da Bahia.

O número de presentes supera o quórum mínimo para abrir a sessão, de 14 vereadores. O fechamento do plenário representa um descumprimento, além da própria convocação do presidente, de um acordo feito em fevereiro no Colégio de Líderes que previa a realização de sessões às terças-feiras.

O encontro desta terça tinha quatro projetos para serem apreciados, sendo que dois deles estão sobrestando a pauta – ou seja, nada pode ser votado se eles não passarem pelo crivo do plenário. Além disso, havia também a previsão dos tempos para discursos da tribuna popular, pinga-fogo e representações partidárias, como em todas as sessões da Casa.

Comissões

O presidente da Câmara também marcou reunião de comissões para as 14h30, mesmo horário da sessão, de forma a evitar os trabalhos no plenário. Contudo, de acordo com o Regimento Interno da Casa, caso estejam ocorrendo reuniões de comissões no mesmo horário da sessão, os encontros nos colegiados devem ser suspensos para que os vereadores possam ir ao plenário.

Além disso, a base de Bruno está questionando na Justiça a composição das comissões devido às mudanças e já avisou que não irá participar das reuniões até que haja julgamento.

De acordo com o vereador Cláudio Tinoco (União Brasil), a base governista está unida e demonstra total comprometimento com os trabalhos da Casa. “Estamos cumprindo a convocação da sessão desta terça, dia em que ficou acordado no Colégio de Líderes para a realização de encontros no plenário”, frisou.

Já nas comissões, contudo, Tinoco diz que há um questionamento da base de Bruno quanto à composição dos colegiados. “Nós não reconhecemos a legitimidade das comissões, por isso não participamos das reuniões até que haja julgamento pela Justiça ou um entendimento para que o presidente apresente o cálculo de proporcionalidade partidária e de bancada. É preciso atender à proporcionalidade em cada comissão”, salientou. (Agência Brasil)

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