O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB) foi vaiado durante o inicio do evento de entrega da duplicação do lote seis da BR-116, feita pelo presidente Lula (PT), na manhã desta segunda-feira (01), no quilômetro 420 da rodovia. O momento aconteceu quando o gestor municipal iniciava seu discurso durante a solenidade. No entanto, o pronunciamento de Colbert precisou ser interrompido por conta das vaias do público que estava presente no ato.
Durante a manifestação, Lula se levantou e foi até ao microfone para pedir respeito ao prefeito de Feira. De acordo com o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, o presidente disse que Martins foi convidado para participar do evento e, não teria motivos para receber gritos e vaias.
“Companheiros e companheiras, eu queria pedir para vocês a compreensão de que esse é um ato feito entre o governo federal e o governo estadual, e todas as pessoas que estão aqui foram convidadas. É muito desagradável a gente convidar uma autoridade municipal e depois a gente tratá-la com vaia. Não tem porquê fazer isso. […]
“[…] O prefeito não está aqui porque ele quer, ele está aqui porque nós o convidamos para vir aqui e nós queremos que ele seja respeitado na fala dele, é só isso que nós queremos. Porque senão, eu não vou poder frequentar nenhum evento convocado por um governador de oposição. Então é importante que a gente saiba, que a gente deseja com os outros aquilo que a gente quer para a gente e, a gente quer ser bem tratado. Por isso vamos ouvir o prefeito”, afirmou.
Ao voltar com sua declaração, Colbert relembrou outros momentos, na época do pai junto com o presidente e fez considerações com relação às unidades do Programa Minha Casa Minha Vida que foram abandonadas por conta do tráfico de drogas.
“Obrigado, presidente. Mas o presidente Lula não vem aqui à Feira apenas agora. O meu pai, o Chico Pinto, sempre esteve aqui perto e eu, senhor presidente, estive na sua base de governo também lá em Brasília. Mas eu quero, agradecendo a sua presença aqui em Feira, fazer duas considerações, presidente. Em Feira nós temos hoje, mais de duas mil unidades no Minha Casa Minha Vida vazias, pessoas que foram expulsas por causa do tráfico e por outros problemas […]”
“[…] Eu gostaria que o senhor pedisse ao senhor ministro que nós pudéssemos ver com a Caixa Econômica, como é que nós podemos rever esses contratos para que outras pessoas possam ocupar essas casas. Afinal de contas, seria uma quantidade importante de pessoas que vão ser e vão voltar a ter as suas casas, casas essas totalmente disponíveis”, explicou.
Veja o momento:
Fonte: Bahia Notícias