Wagner Lopes destaca “união” do grupo como determinante para quebra de jejum

Foto: EC Vitoria

A angústia rubro-negra chegou ao fim neste sábado, 22, com a vitória por 1 a 0 diante do Guarani, no Barradão. Depois de oito jogos sem saber o que é vencer, sendo seis pelo Brasileirão da Série B, o Leão da Barra colocou fim no jejum com um belo gol olímpico anotado por Soares, nos acréscimos da primeira etapa.

O resultado positivo também foi o primeiro de Wagner Lopes a frente do clube, que vinha de dois empates desde que havia trocado de treinador. Apesar da vitória não ter sido o suficiente para tirar o Rubro-Negro da zona de rebaixamento, pelo menos, serviu para melhorar a confiança do grupo, que precisava voltar a vencer na competição.

“Demais, aumenta muito a confiança, nós vamos ter uma semana aberta, nós vamos ter como trabalhar alguns aspectos, principalmente no último terço na hora da finalização. Pontuar que a vitória, ela te dá confiança, ela te dá leveza, o ambiente fica alegre mesmo com todos os problemas internos que nós temos. A gente não pode fechar os olhos para isso, mas o nosso ambiente fica leve, a gente na camaradagem, no companheirismo, a gente pode até apertar um pouquinho mais no sentido de que jogadores podem render mais, podem melhorar, e a nossa busca por essa melhora ela vai ser incessante”, pontuou o treinador em coletiva após o jogo contra o Bugre.

Questionado se estava satisfeito com o resultado, o treinador afirmou positivamente. Ele ainda fez questão de pontuar a eficiência do ataque campineiro, segundo melhor da Série B, mas que passou em branco no estádio Manoel Barradas.

“Eu fiquei satisfeito, sim, porque ganhar na Série B é dificílimo, é duríssimo. Nós enfrentamos o time que mais fez gol no campeonato. São 29 gols feitos pelo Guarani. Nós não enfrentamos qualquer time não. Então os nós jogadores estão de parabéns pela grande partida”, exaltou Wagner Lopes.

Na análise do comandante, diversos foram os fatores responsáveis para o triunfo conquistado neste domingo. Entre os principais deles, estão a “união” e “comprometimento” que todos os atletas tiveram para a partida, inclusive aqueles que nem estavam relacionados para o confronto.

“É multifatorial. União, solidariedade jogadores um correndo pelo outro, a leveza do nosso vestiário, jogadores comprometidos, para você ter uma ideia, todos jogadores que estão no departamento médico vieram e participaram do aquecimento, participaram vestiário. Antes e depois. Ficaram assistindo jogo, torcendo como se fosse o torcedor mais fanático. Nosso banco foi vibrante o tempo todo. Então eu acho que entusiasmo, você fazer o que gosta, entregar tudo dentro de campo, é muito importante. Nosso time jogou com raça, com determinação. Cada dividida que a gente ganhava dentro de campo, nossos jogadores que que estavam como opção de reforços, vibravam como se estivesse jogando. Eu acho que só união, só determinação, só companheirismo e solidariedade entre nós é que vai fazer o Vitória vencedor. Então os jogadores estão de parabéns, e como eu falei, é multifatorial, tudo isso acho que importa muito para você vencer”, afirmou o treinador.

Wesley Pionteck

Por fim, Wagner Lopes ainda respondeu a pergunta de diversos torcedores a respeito das escalações do atacante Wesley Pionteck. Apesar de bastante criticado, o jogador foi elogiado pelo comandante, que explicou que a utilização dele se deve muito por uma questão tática, principalmente para a partida contra o Guarani em específico

Segundo o treinador, o lado esquerdo de ataque do Alviverde de Campinas é muito forte e, por acreditar que Wesley é um jogador que sabe fechar bem os espaços, utilizou-o para dar apoio ao lateral-direito Van. Apesar de defensivamente ter sido efetivo, Lopes concordou que o atleta precisa evoluir na parte ofensiva para criar mais situações de perigo.

“Wesley é um cara que eu conheço há muito tempo. Enfrentei ele em São Paulo várias vezes. Ele é um cara que, para o grande público, talvez não apareça tanto, mas é um cara que fecha muito bem, um cara tático, que recompõe e ajuda na marcação. A escolha por ele hoje foi porque o Júlio César, do lado esquerdo, e o Bidu, são dois jogadores que atacam muito. O time do Guarani, a maioria das jogadas sai ali do lado esquerdo. A escolha dele foi pra que ajudasse o Van a dominar o espaço. Eu acho que foi muito bem, porque o Bidu praticamente não conseguiu crescer, não conseguiu jogar e o Júlio César também não, prova que foram substituídos. Embora para o torcedor não apareça tanto, mas na fase defensiva nos ajudou bastante. Eu espero que na fase ofensiva ele melhore e consiga criar situações de um para um em velocidade, atravessar essa bola na frente do gol”, concluiu. (A Tarde)

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