Fundador do Facebook, Mark Zuckerberg disse a funcionários que a empresa “lutaria com unhas e dentes” para derrotar a proposta da pré-candidata democrata Elizabeth Warren de dividir a maior rede social do mundo caso ela seja eleita presidente dos EUA. A informação foi divulgada pelo site americano The Verge, através de áudios vazados do encontro com funcionários em julho.
“Se ela (Warren) for eleita presidente, eu aposto que teríamos uma contestação jurídica e que venceríamos. E isso seria um saco para nós? Sim. Eu não quero abrir um processo enorme contra nosso próprio governo”, afirmou o executivo, segundo o áudio publicado pelo site. As reuniões aconteceram no auge da crise do Facebook.
Naquele momento de dificuldade, Zuckerberg adotou uma linguagem bem sincera e direta com seus funcionários, na tentativa de unir a empresa contra seus concorrentes, imprensa e até mesmo o governo dos Estados Unidos. As reuniões aconteceram no formato de perguntas e respostas entre Zuckerberg e seus colaboradores. Warren pediu em março a divisão da Amazon, do Facebook e da Alphabet (dona do Google).
No áudio, Zuckerberg disse que a divisão de grandes empresas de tecnologia tornaria a interferência eleitoral “mais provável, porque agora as empresas não podem trabalhar de forma coordenada e conjunta”.
Ele também provocou gargalhadas ao dizer que o investimento do Facebook em segurança é maior do que toda a receita do Twitter.
Em resposta, Warren replicou a matéria e afirmou que o Facebook faz parte de um sistema corrupto. “O que realmente seria um saco é se não consertarmos um sistema corrupto que permite que empresas gigantes como o Facebook se envolvam em práticas anticoncorrenciais ilegais e prejudiquem os direitos à privacidade do consumidor”, escreveu a candidata, uma das favoritas na disputa democrata. (Metro1)