O vermífugo ivermectina está entre as cinco combinações de fármacos mais testados no mundo em pacientes infectados por Covid-19. No entanto, tem sido ignorado por países que lideram as buscas de drogas na pandemia, como Alemanha e China. Há, hoje, 32 registros de testes com a ivermectina em humanos para a doença causada pelo coronavírus. A informação foi divulgada hoje (14) pelo jornal Folha de S.Paulo.
No Brasil, as três pesquisas com ivermectina com pacientes de Covid-19 foram registradas na Clinical Trials (base internacional que compila informações sobre testes de medicamentos em pacientes no mundo todo) entre final de junho e início de julho, após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que o vermífugo ivermectina é melhor que a cloroquina para Covid-19 “porque mata os vermes todos”.
Os trabalhos estão em andamento na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) com 64 pacientes, na clínica de obesidade de Brasília Corpometria Institute com 254 pacientes e no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo com 176 pacientes. Segundo as informações da Clinical Trials, as três pesquisas brasileiras terminam a partir de janeiro do ano que vem.
Até agora, a ivermectina só deu certo para Covid-19 em células que sobrevivem a bombardeios de remédios, o que não é o caso das células humanas.
A maior quantidade de testes de drogas em humanos para Covid-19 segue com a associação da cloroquina e hidroxicloroquina, que somam 208 pesquisas com pacientes registradas no mundo todo. Em seguida, figuram o antibiótico azitromicina (com 66 pesquisas com humanos para Covid-19), os antirretrovirais usados na infecção do HIV lopinavir/ritonavir (42) e o tocilizumabe, que é indicado para artrite (36). (Metro1)