O Ministério da Economia deve fazer um corte orçamentário entre R$ 10 bilhões a R$ 20 bilhões no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2021, segundo integrantes da pasta.
Essa redução acontece para que o governo cumpra o teto de gastos do ano que vem, regra fiscal que visa impedir o crescimento de despesas públicas acima da inflação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende preservar o teto, que, de acordo com ele, é o principal amparo fiscal do país.
O limite para os gastos do governo foi reajustado com base na taxa do primeiro semestre, de 2, 13%, mas a previsão é de que o índice oficial de inflação (IPCA) chegue a 4,4% no final do ano. O Orçamento de 2021, então, terá que ser reajustado para se manter dentro do teto equivalente a R$ 1,485 trilhão.
Os especialistas da pasta estudam o remanejamento de despesas e retirada de verbas de alguns ministérios para garantir o pagamento de despesas obrigatórias, como aposentadorias e benefícios sociais. O salário mínimo, por exemplo, já passou da proposta inicial de 1.067, em agosto, para R$ 1.088 por conta da alta da inflação no país.
O Congresso ainda não votou o projeto do Orçamento. A expectativa é de que ele seja analisado apenas em fevereiro, após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado. (Metro1)