A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que determinou a prisão do prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, encaminhou um documento ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com a solicitação de que o acusado por corrupção volte para a cadeia.
Uma decisão do STJ trocou a prisão preventiva de Crivella para domiciliar, após menos de 24 horas da sua entrada no presídio. O pedido da defesa do prefeito afastado foi acatado com o argumento de que ele faz parte do grupo de risco do coronavírus, por conta da sua idade. A desembargadora afirma que não existe nenhum caso de contaminação pelo vírus na penitenciária onde ele ficaria preso, por isso não há risco à sua integridade física.
O ofício, mandado ao presidente do STJ, o ministro Humberto Martins, explica, através de informações sobre o caso, porque o prefeito afastado deve voltar à prisão. A desembargadora afirma que as provas contra Crivella são abundantes e que há muitos indícios do seu envolvimento no esquema de corrupção.
Alguns dos exemplos citados por Rosa Helena são a troca de mensagens sobre a partilha de propinas e exigências do retorno do investimento feito, que seria uma alusão ao dinheiro utilizado na sua campanha eleitoral. Além disso, lembra que Crivella entregou à Justiça um aparelho celular de outra pessoa afirmando ser o dele. De acordo ela, essa ação reforça a autoria dos crimes, além da intenção de atrapalhar a obtenção de provas contra ele. (Metro1)