O governo federal decidiu aumentar o imposto federal cobrado dos bancos. A medida deve ser uma das contrapartidas fiscais para permitir que seja zerado os tributos do óleo diesel e do gás de cozinha (GLP). A informação é do jornal O Globo.
Com a notícia, as ações de bancos aprofundaram as quedas nos últimos minutos desta segunda-feira. Por volta das 17h10, Bradesco ON tinha queda de 1,89%, Bradesco PN recuava 1,87% e Itaú Unibanco PN cedia 1,74%, enquanto as units do Santander caíam 0,75% e os papéis do Banco do Brasil oscilavam perto da estabilidade.
Além de ampliar o imposto sobre bancos, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) também deve limitar a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros para pessoas com deficiência e acabar com renúncias tributárias para o setor petroquímico.
Essas seriam as compensações para que o governo consiga reduzir os tributos federais do diesel e do GLP, que custarão R$ 3,6 bilhões em 2021, de acordo com cálculos da equipe econômica revelados pelo Globo.
Ambos os produtos, derivados do petróleo, têm sofrido sucessivos reajustes de preço, sendo que um novo começa a valer nesta terça-feira, 2. A Petrobras vai aumentar o preço da gasolina em 4,8%, do diesel em 5%, e do gás de cozinha em 5,2%.
A ideia do governo é zerar o PIS/Cofins do diesel por dois meses, entre março e abril. O tributo corresponde a R$ 0,35 do litro do combustível. Já no caso do gás de cozinha, o plano é que a alíquota fique zerada de forma permanente.
De acordo com o jornal, o governo pretende editar uma medida provisória (MP) para aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga pelas instituições financeiras, que é atualmente de 20%, para algo em torno de 23%.
Já no caso do IPI, a MP deve estabelecer uma limitação para o valor do carro que uma pessoa com deficiência pode comprar. (A Tarde)