A psicóloga e escritora Marisa Lobo fez uma publicação em uma das sua colunas, destacando uma declaração da psicóloga transexual americana Erica Anderson, conhecida nos Estados Unidos devido ao seu trabalho voltado para o público transgênero.
Em seu texto, Marisa buscou demonstrar que o aumento do número de jovens que se declaram transexuais estaria relacionado, também, à influência exercida pela cultura atual. Para isso, ela citou como exemplo de concordância a opinião de Anderson.
“Não apenas profissionais como eu, conservadores e cristãos, têm notado que este cenário é real, como também especialistas que integram o próprio mundo LGBT+”, disse Marisa, se referindo à Anderson.
“Foi longe demais”
Em uma matéria publicada pelo Los Angeles Times em abril deste ano, de fato, Anderson disse acreditar que a maneira como a cultura atual tem abordado a questão transgênero “foi longe de mais”, reforçando outra declaração sua, dita em 2018, para o jornal Washington Post.
“Um bom número de crianças está entrando nisso [em se declarar trans] porque está na moda”, afirmou Anderson na época. Para Marisa Lobo, a americana “foi corajosa ao emitir uma crítica contra a influência negativa que a ideologia de gênero tem exercido sobre a cultura.”
Marisa Lobo também citou como outro exemplo de concordância quanto ao assunto, a opinião do psiquiatra Stephen Stathis, diretor de uma clínica de gênero na Austrália. Em 2017, ele disse que alguns jovens estão se declarando transgênero por motivos alheios aos da questão identitária.
“As meninas dizem: ‘Se eu tivesse sido um homem, eu não teria sido abusada’”, exemplificou o médico, segundo o Courier Mail. “Um deles disse para mim, ‘Dr Steve… eu quero ser transgênero, é o novo preto’”.
Ou seja, conforme a explicação de Marisa Lobo, muitos jovens estariam encontrando na narrativa de gênero uma forma de pertencimento social, acolhimento e autoproteção. Isto é, conflitos de ordem emocional e psicológica que nada têm a ver com a questão sexual, em si.
“Para quem deseja acolhimento, aceitação e autocompreensão, portanto, ‘mudar de sexo’ pode parecer a solução, quando na realidade isso nada tem a ver com a real natureza do conflito emocional/mental”, diz Marisa em seu artigo para o Pleno News.
“É triste dizer que os meus alertas estão se confirmando a cada dia; mas, ao mesmo tempo, isso também pode representar uma mudança de visão positiva no que diz respeito a pessoas como Anderson, que mesmo sendo uma representante da causa LGBT+, possui honestidade intelectual para admitir algumas verdades”, conclui a psicóloga cristã.
por Will R. Filho / Gospel Mais