No Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Raul Araújo foi o primeiro a votar neste terceiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e se colocou a favor da absolvição do ex-presidente. Ele rejeitou ainda a possível inclusão da chamada minuta do golpe na ação.
“A intensidade do comportamento concretamente imputado, a reunião de 18 de julho de 22, não foi tamanha a ponto de justificar a medida extrema da inelegibilidade”, disse o ministro, em seu voto.
Araújo já era visto como a esperança do ex-presidente por ter um histórico de decisões mais alinhadas ao bolsonarismo. Foi ele o ministro responsável por proibir manifestação política de artistas no Lollapalooza, após Pabllo Vittar levantar, em sua apresentação no festival, uma bandeira do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro estava sendo pressionado por bolsonaristas para pedir vista (mais tempo para estudar), o que adiaria o processo por 30 ou até 60 dias. Araújo não pediu, mas qualquer outro ministro pode pedir vista e suspender o julgamento. Por enquanto, o placar está em 1 a 1.
Na última terça-feira (27), o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou a favor da condenação e da inelegibilidade de Bolsonaro. Votam ainda nesta quinta-feira os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e, por último, o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes. (Metro1)