A Fifa definiu uma nova estratégia para punir o racismo no futebol. Na manhã desta quinta-feira (16) a entidade máxima do futebol divulgou que as 211 filiadas à organização deverão incluir em seus códigos de disciplina e artigos específicos, os crimes de racismo como “sanções próprias e severas”, tendo o encerramento da partida como uma das punições – associado ao time que praticar o ato racista.
Uma das novidades adotadas pela Fifa é a criação de um novo gesto. Agora, a ação de manter os dois braços cruzados com os dedos esticados feita pelos jogadores servirá como um sinal aos árbitros sobre insultos raciais. No entanto, os árbitros também deverão fazer o mesmo gesto, utilizando o método do gesto do VAR como exemplo, indicando aos espectadores que o início do protocolo antirracista será iniciado. Confira os três passos que a partir de agora serão necessários para casos de racismo:
- O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;
- Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência
- Finalmente, se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas
“A decisão da Fifa é histórica e mostra a coragem do presidente Infantino e das 211 federações em lutar contra o racismo no futebol e no mundo. O Brasil foi pioneiro ao desafiar os racistas, a CBF foi a primeira confederação nacional a adotar punição esportiva. Quando entrei no Conselho da Fifa, anunciei que a luta contra o racismo seria uma das minhas bandeiras na entidade. Por isso, minha satisfação é ainda maior. O racismo é um crime que atinge a alma e não há mais espaço para racistas no futebol”, ressaltou o presidente da CBF, Ednaldo Rorigues.
Junto às medidas impostas, a Fifa também anunciou que vai lutar para reconhecer o racismo como crime em todos os países utilizado de “punições severas”. Mesmo sem poder legislativo para tal, a entidade promete pressionar politicamente para que os países reconheçam as atitudes.
Alguns jogadores e ex-jogadores foram consultados para debaterem sobre a ideia, sendo um deles o brasileiro Vinícius Jr, que atualmente é um dos líderes do movimento antirracista no futebol, devido aos últimos episódios que sofreu dos seus rivais na Espanha
Fonte: Bahia Notícias