O governador Rui Costa (PT) criticou as decisões tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na política de preços aplicada pela Petrobras, ocorridas na semana passada. Após intervenção do Planalto, as ações ordinárias da Petrobras caíram 8,54% na sexta-feira (12), quando a estatal perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado. Em entrevista hoje (15), durante viagem a Morro do Chapéu, na região da Chapada Diamantina, o petista declarou que a política adotada por Bolsonaro se assemelha ao que foi feito na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do antecessor dela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O Brasil precisa definir uma política que não prejudique a população e a empresa. É preciso encontrar um meio termo, eu não acho que é automático que esse modelo implantado seja o ideal. Eu sou defensor, e vocês me conhecem, de regras duradouras, transparentes e que se cumpram. Não acho esse modelo ideal. É estranho quando o presidente diz que a ex-presidenta Dilma e o ex-presidente Lula interferiram demais na política de preço da Petrobras. A primeira coisa que ele faz é repetir isso. É estranho esse comportamento”, declarou Rui. Ainda de acordo com o governador, é necessário repensar a estratégia para que os preços sejam competitivos com o mercado e não prejudiquem o país. “Essa política atual não é a ideal para o Brasil. Por isso que se justifica ter uma empresa pública de petróleo, para que o país tenha autonomia. Energia é algo estratégico para uma nação. Todas as nações do mundo definem isso como estratégico. As definições em investimento de petróleo e gás têm que ser de longo prazo para que os investidores tenham segurança e estabilidade política e jurídica para poder investir. O Brasil precisa definir uma regra que não seja do governo e sim do Estado, para que dure isso independente do governo”, afirmou. (Metro1)