O governo vai destinar R$ 222,74 bilhões para financiar a safra dos anos de 2019 e 2020, além de R$ 1 bilhão em subsídio ao seguro rural e R$ 1,85 bilhão em apoio a comercialização de produtos. A medida foi anunciada nesta terça-feira (18) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dos R$ 222,74 bilhões para o crédito rural, R$ 53,43 bilhões serão destinados para investimentos, R$ 169,3 bilhões serão voltados ao custeio, comercialização e industrialização. O plano ampara a agricultura familiar, que estava sob a administração do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e que, assim como a pesca, foi remetido ao Mistério da Agricultura. Na coletiva para apresentar o programa, Tereza Cristina elogiou o fato de pequenos, médios e grandes produtores estarem debaixo do Ministério da Agricultura. “Assim como eu, o presidente [Jair Bolsonaro] tem a convicção de que todos são empreendedores, são parte do mesmo negócio, e podem sim se desenvolver em harmonia”, revela a Folha de São Paulo. Na oportunidade, Jair Bolsonaro elogiou a ministra, comentando que “Não fui eu quem indicou a Tereza Cristina para ser ministra, foi essa bancada [ruralista]. A sua indicação foi excepcional para todos nós. Meu muito obrigado a Tereza Cristina. “As taxas de juros foram mantidas para pequenos, médios e grandes produtores e estão na faixa de 3% a 8% ao ano. A quantia destinada para a subvenção ao seguro rural subiu de R$ 440 milhões para R$ 1 bilhão. Mesmo assim, a ministra reconheceu que o montante é insuficiente, mas ressaltou que será possível atender a um maior número de produtores rurais. “É cada vez colocar mais dinheiro no seguro e fazendo essa transição, para que os produtores tenham mais acesso ao crédito”, disse. Tereza Cristina falou ainda sobre a medida provisória que pode ampliar de 35% para 50% o percentual que os bancos poderão direcionar das emissões de LCA (letra de crédito do agronegócio) para financiamento rural. A situação fiscal do país fez com que os recursos para o Plano Safra ficassem ameaçados neste ano. Para cumprir o compromisso, o governo precisou recorrer ao Congresso para poder emitir títulos e obter um crédito extra. (Bahia Notícias)