‘A cada três anos, você elege um curioso, um oportunista e um ladrão’, diz Paulo Carneiro sobre o Vitória

Foto : Matheus Simoni/Metropress

O presidente do Vitória, Paulo Carneiro, criticou o processo eleitoral do clube e culpou gestões passadas pela crise financeira e administrativa que atinge o clube nos últimos anos. Em entrevista à Rádio Metrópole hoje (28), o cartola foi questionado pela disparidade em relação ao Bahia, principal rival do rubro-negro. Paulo Carneiro acusou o rival de ser favorecido pela gestão estadual.

“O Bahia passou sete anos nas séries B e C, será que o torcedor lembra? Passou sete anos até ser ajudado pelo Governo do Estado da Bahia e ganhar um estádio de presente, de R$ 80 milhões, para jogar seus jogos, até ganhar R$ 11 milhões para jogar na Fonte Nova num ano só. O Bahia foi competente e seus gestores cuidaram bem do seu clube, pelo que nos parece, não conheço. Tem um endividamento alto, é público, mas está administrando”, disse o presidente.

“Não estou aqui para falar do adversário, mas o Vitória ficou pelo caminho, infelizmente. Como diz Alexi, democracia tem limite. Numa instituição sem fins lucrativos, a cada três anos você corre o risco de eleger um curioso, um oportunista e um ladrão. Não é? Você não conhece, o cara acha um bom discurso e de repente consegue enganar o torcedor porque ele é um apaixonado e não é obrigado a entender da gestão do futebol. Nós fazemos esse convencimento de forma exaustiva e cansativa para que o torcedor tenha conhecimento de que o Vitória paga salários atrasados desde a minha entrada”, acrescentou.

Sobre os resultados negativos, Paulo Carneiro comentou que não vai cometer loucuras e promover mudanças no decorrer da gestão. “2020 começamos um projeto em três meses apenas. Se considerar os quatro meses de epidemia, temos três meses implantando esse projeto apenas. Não vou ser louco e insano de, com três meses de projeto, por conta de alguns maus resultados, destruindo e desestruturando um projeto em curso no Vitória, apenas começando. Estou apenas começando, fiz isso há 20 e tantos anos atrás e passamos por problemas semelhantes. É muito fácil falar atrás de um arbusto e com uma espingarda atirando”, criticou o mandatário. (Metro1)

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