‘Agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final’, diz presidente após troca na comissão de desaparecidos

Foto : José Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro se esquivou, ao ser questionado pela imprensa na manhã de hoje (1º), sobre o motivo de ter trocado os integrantes da  Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos durante a ditadura militar. 

Ele não respondeu porque fez a substituição de quatro dos sete membros do colegiado e se limitou a dizer que executou a troca devido ao seu alinhamento político “de direita”.

“O motivo [é] que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também”, disse ele, na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada.

As substituições de quatro dos sete integrantes da comissão foram publicadas hoje no “Diário Oficial da União”, uma semana após comissão ter desmentido Bolsonaro ao emitir  documento mostrando que a morte   de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi causada pelo Estado brasileiro. Bolsonaro havia afirmado que Fernando tinha sido alvo de militantes da esquerda. 

Um dos integrantes da comissão que foram substituídos hoje foi a presidente, Eugênia Augusta Gonzaga. Na segunda, ela havia criticado as declarações de Bolsonaro relacionadas a Santa Cruz.

Questionado por jornalistas hoje se as trocas no colegiado estavam relacionadas ao episódio, o presidente disse que “pode ser” coincidência. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Pode ser [coincidência]. As coisas são tratadas dessa maneira”, respondeu Bolsonaro.

(Metro 1)

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