O primeiro turno do Campeonato Brasileiro chegou ao fim para o Bahia com o sinal de alerta ligado. No primeiro ano sob a gestão do Grupo City, o tricolor não engrenou e atingiu a sua terceira pior campanha em 19 jogos da Série A por pontos corridos com 20 clubes.
A derrota para o Atlético-MG, por 1×0, no MIneirão, fez o clube baiano estacionar nos 18 pontos. O time contou com o apoio do Fortaleza, que goleou o Santos, para não entrar na zona de rebaixamento. É o 16º, empatado com o alvinegro, mas leva vantagem no saldo de gols.
Desde 2011, quando voltou a disputar a Série A após sete anos, a campanha comandada por Renato Paiva supera apenas as edições de 2012 e 2014, nas quais o Bahia fechou o primeiro turno com 17 pontos.
O tricolor ficou devendo na primeira metade do Brasileirão. Em 19 jogos, venceu apenas quatro, empatou seis e sofreu nove derrotas. Um aproveitamento de 31,6%. Nem mesmo o apoio da torcida empurrou o time.
Os tricolores fizeram bonito nas arquibancadas e alcançaram a 5ª maior média de público pagante, com 35.533 torcedores por jogo. Fica atrás apenas de Flamengo, São Paulo, Corinthians e Palmeiras. No entanto, venceu somente três dos nove jogos que fez como mandante.
Responsável pelas contratações no Bahia, Cadu Santoro acredita em reação no segundo turno . Crédito: FELIPE OLIVEIRA/EC Bahia
Entre os problemas da equipe estão o ataque apagado e a vulnerabilidade defensiva. O tricolor marcou 18 gols no primeiro turno e sofreu 25, ficando com saldo negativo de sete. Um problema já que esse é um critério de desempate.
Diante do cenário ruim, o Bahia sabe que tem urgência por uma recuperação. A partir de agora terá mais 19 jogos para evitar um retorno à Série B no primeiro ano da parceria com o City e após investir mais de R$ 100 milhões em contratações.
A chance de virar a chave será neste domingo (20), contra o Red Bull Bragantino, às 16h, na Fonte Nova.
“O torcedor pode confiar que não vai faltar trabalho por parte do elenco, comissão, diretoria, todo staff do Bahia. A gente vem trabalhando, entende que precisa encontrar estabilidade. A gente não está satisfeito com a colocação que ocupa na tabela, e a única solução é continuar trabalhando”, disse o diretor de futebol Cadu Santoro em entrevista ao canal oficial da agremiação.
RETROSPECTO
Tomando como referência outras campanhas do Bahia no primeiro turno, o time baiano realmente precisa acordar.
Em 2014, quando somou 17 pontos em 19 jogos, o clube não conseguiu reagir no returno e acabou rebaixado, com 37 pontos.
Já em 2021, ano do último rebaixamento, o Bahia virou o turno com 21 pontos, e os outros 22 conquistados na fase final foram insuficientes para evitar a queda.
A inspiração pode ser a temporada 2012. A equipe conseguiu uma arrancada no segundo turno e somou 30 pontos. Com 17 que conseguiu inicialmente, ficou em 15º, com 47.
Tomando como referência os 45 pontos, que historicamente é uma média para permanecer na Série A, o Bahia precisa conquistar pelo menos 27 dos 57 pontos que disputará até o final da competição. Logo, o Esquadrão precisa elevar o seu aproveitamento para algo em torno de 47%.
De acordo com os dados do departamento de matemática da UFMG, atualmente o Bahia tem 47,1% de chance de ser rebaixado no Brasileirão. A estatística é atualizada a cada rodada.
Veja as campanhas do Bahia no 1º turno do Brasileirão com 20 clubes
2023
16º – 18 pontos (31,6% de aproveitamento)
2021
16º – 21 pontos (36,8% de aproveitamento)
2020
13º – 22 pontos (38,6% de aproveitamento)
2019
7º – 31 pontos (54,4% de aproveitamento)
2018
9º – 25 pontos (43,9% de aproveitamento)
2017
13º – 23 pontos (40,4% de aproveitamento)
2014
19º – 17 pontos (29,8% de aproveitamento)
2013
14º – 23 pontos (40,4% de aproveitamento)
2012
16º – 17 pontos (29,8% de aproveitamento)
2011
16º – 20 pontos (35,1% de aproveitamento)