Com a variante Delta se espalhando pelo território baiano, a recomendação dos especialistas é de que a vacina avance ainda mais a fim de controlar as notificações pela Covid-19. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB), o número total de baianos que já haviam tomado a primeira dose incluindo os adolescentes era de 9.869.889 de pessoas, até a manhã de ontem, 28. Porém, 2.862.365 pessoas ainda não tomaram sequer a primeira dose . Salvador é a cidade com maior número de cidadãos que dispensou a vacina, são 465.271, incluindo adolescentes.
“ Importante salientar que, no caso das primeiras doses, suprime-se os vacinados, mas o recadastramento segue acontecendo e novas pessoas entram como cadastradas / habilitadas. Nossos registros apontam um número de 121.333 mil, que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina”, explica a assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Visando fortalecer a participação dos soteropolitanos no esquema vacinal, a Prefeitura informa que procede com algumas medidas, a exemplo de envio de mensagens de texto visando a convocação para a vacinação por aplicativo WhatsApp e também por via de mensagens de SMS, além de ação em carros de som com autofalantes, de conteúdo informativo, assim como diversos mutirões estratégicos para a vacinação desses públicos.
Diariamente, notas informativas são divulgadas nos canais de comunicação SMS e difundidas pela imprensa. Ademais, ferramentas desenvolvidas pela Prefeitura como o vacinômetro da Covid-19 e a Vacina Express, corroboram com o objetivo de continuar fazendo com que Salvador seja referência nacional da vacinação contra a Covid-19.
A infectologista da SMS, Adielma Nizarala, adverte que é necessário que as pessoas sigam rigorosamente as orientações prestadas pelo Programa Nacional de Vacinação, que estão alinhadas com as recomendações dos fabricantes , para assegurar a proteção contra o vírus.
“O esquema vacinal incompleto não assegura a imunidade contra a doença, e a SMS trabalha no sentido de garantir toda estrutura e insumos para a completude do esquema de vacinação. Temos um quantitativo alto de pessoas que deixaram de tomar a segunda dose e também a primeira, creio que pela sensação de já estar já vacinado, ou devido às falsas notícias de que a vacina provoca alguma doença no futuro. O fato é que todas as vacinas são eficientes e seguras.”
Adielma também alerta que a vacinação não é só um ato individual, mas da coletividade, por isso uma pessoa depende da outra, para que a propagação do vírus finalmente seja estancada.
“Se todo mundo pensar que, tomando as duas doses, vai estar protegendo não só você, mas toda a população e contribuindo para acabar com a pandemia, nós seremos atores principais nisso.”
O Governo do Estado da Bahia informou que vem fortalecendo a gestão da saúde pautando as ações de imunização na agenda prioritária do governo. As ações são delineadas no âmbito da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-Bahia), atuando na direção daquele que é um dos preceitos mais importantes e decisivos para a condução do SUS: o da prática de uma gestão em parceria entre os entes estadual e municipal, avançando, de forma integrada, consensual e em caráter deliberativo, nas principais linhas de atuação da saúde do Estado da Bahia.
“O Programa Estadual de Imunizações e Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis da Bahia efetiva-se de modo tripartite com responsabilidade compartilhada pelas três esferas de governo, cabendo a esfera estadual de gestão articular, fomentar, apoiar e implementar ações coordenadas e integradas com o nível regional e municipal com a missão precípua de prevenir, eliminar e erradicar doenças imunopreveníveis, de modo a garantir a promoção e proteção da saúde da população. Para além disso, além de operar a logística de distribuição das vacinas, o governo vem promovendo consecutivas campanhas publicitárias e de esclarecimento junto à população.”
Ainda segundo a SESAB, O objetivo primordial da vacinação contra Covid-19 é reduzir a morbidade grave e mortalidade associada ao SARS-CoV-2, buscando proteger as populações de maiores riscos, identificadas de acordo com o cenário epidemiológico da doença. Vacinar não é uma questão individual.
“É uma questão de proteção individual, mas principalmente de proteção coletiva. Para que a vacinação seja eficaz, precisa-se garantir elevadas e homogêneas coberturas vacinais, superiores a 85% do público-alvo”. (Secom)