A Executiva Nacional da União Brasil decidiu nesta quarta-feira (13) aceitar uma denúncia contra o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (União-PE). O recebimento da representação significa que a denúncia foi aceita pela Executiva. A partir da notificação, Bivar terá 72 horas para apresentar sua defesa.
A crise no partido tem origem na disputa pela presidência da sigla, que envolve Bivar e Antonio Rueda, recém-eleito presidente da legenda. A briga ganhou força após um incêndio destruir duas casas da família Rueda em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, na noite de segunda (11).
Na representação, integrantes do partido pedem o afastamento cautelar (provisório) do deputado, além de sua expulsão da sigla, o que deve ser decidido em outro momento pela União Brasil. Após pronunciamentos das partes, o relator vai proferir seu voto, que será submetido ao plenário da Executiva por votação secreta ou por aclamação. Ao final, Bivar poderá ser expulso e ter a filiação cancelada.
Se isso acontecer, o atual vice-presidente, Antonio Rueda, assumirá a sigla. Rueda já foi eleito para assumir como presidente do União, mas isso só seria concretizado a partir de junho – até lá, Bivar permaneceria no comando.
O episódio motivou o protocolo de uma representação de integrantes da União contra Bivar, assinada por governadores e parlamentares da Câmara e do Senado. Entre as acusações listadas no documento estão:
Ameaça de morte contra o vice-presidente Antônio Rueda e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos;
Indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas de Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda, sua irmã; violência política contra mulher; validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido.