Após cobrança da Câmara, Lula descarta fazer reforma ministerial e diz que conversará com Lira

A avaliação do presidente destaca que o descumprimento de acordos pode custar “mais caro” para a relação entre o Planalto e o Congresso

Foto: Reprodução/ Facebook

Nesta quinta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que planeja uma conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nos próximos dias para alinhar a relação entre o parlamento e o Palácio do Planalto. No entanto, ressaltou que o ajuste não envolve uma nova reforma ministerial ou a criação de mais cargos, mas sim a execução do que está “determinado”. 

“Agora, o que eu acho que o Lira pode ter razão: é se o governo fez acordo, dentro do Congresso Nacional ou através do ministro das Relações Institucionais ou através do ministro da Fazenda, fez algum acordo, a gente tem que cumprir. Porque quando você não cumpre o acordo feito, o resultado é que vai ficar mais caro”, afirmou em entrevista à rádio Itatiaia.

Lula enfatizou que se o governo fez promessas sobre a destinação de mais verbas parlamentares para costurar acordos com os parlamentares, estas serão cumpridas. Entretanto, ele ressaltou que não enxerga mais espaço para alterações.

“Não tem reforma ministerial e não tem mais cargo. Passa por a gente fazer o que está determinado. O orçamento está aprovado”, declarou o petista.

O presidente da Câmara tem feito cobranças públicas ao governo e cortou relações com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.  O embate se acirrou publicamente após o discurso de Lira na abertura do ano legislativo, afirmando que o Orçamento não é só do Executivo.

(Metro 1)

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