Sete é o número do azar para o Bahia de Roger Machado, pelo menos por hora. Neste domingo (28) o tricolor foi até a Arena Condá para jogar contra a Chapecoense pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro e mais uma vez não venceu. O empate 0 x 0 levou o time de Roger Machado a sete jogos sem vencer, cinco deles pelo Brasileirão.
Depois de um primeiro tempo fraco, o tricolor até teve boas chances na etapa final, mas concluiu com pouco capricho e deixou passar as oportundiades. Fato evidenciado pela falta cobrado por Moisés quase em cima da linha da grande área e o lance que Lucca desistiu de correr quando podia ficar sozinho com o goleiro Tiepo. c tricolor foi a 16 pontos na tabela e ainda está no 11º lugar, mas isso pode ser modificado de acordo com os jogos que complementam a rodada.
O jogo
O se pode ver nos primeiro 45 minutos de jogo na Arena Condá foi um jogo tenebroso. Bahia e Chapecoense tiveram dificuldades para construir o jogo – principalmente o tricolor. Dono da casa, o time catarinense tentou ocupar mais o campo adversário e tomar as rédeas da partida. Ainda assim, sem criatividade, apesar da chance logo aos três minutos quando Camilo cobrou bela falta. A bola foi no ângulo, mas Douglas voou bem para impedir o primeiro go.
O Bahia foi esfriando o ímpeto da Chapecoense e até conseguiu ser superior na posse de bola, só que, por outro lado, criava muito pouco. O trio de meio-campo formado por Gregore, Flávio e Ramires se mostrou desencontrado. Nas laterais, Ezequiel pouco produzia -na defesa e no ataque- enquanto Moisés foi bem egoísta nas tomadas de decisão e tentou chutar de fora pelo menos duas vezes quando tinha campo e companheiros para desenvolver um jogo mais trabalhado.
A primeira chance do tricolor só veio aos 23 minutos quando Lucca cruzou na área e o pequenino Artur chegou completando de cabeça. A bola foi bem próxima do gol de Tiepo. Cinco minutos mais tarde e novamente na bola aérea o tricolor criou perigo: dessa vez foi Artur quem jogou na área, Moisés ganhou no alto e a bola sobrou para Lucca. O atacante chutou e no rebote do goleiro a bola foi em sua mão.
Contudo, a Chapecoense voltou a criar perigo e até conseguiu marcar um gol depois de um escanteio que teve confusão na área e acabou concluída por Henrique Almeida. O Bahia reclamou, o árbitro foi para o VAR e anulou o gol acusando falta em Douglas cometida por Everaldo.
No segundo tempo o Bahia melhorou um pouco, mas desperdiçou boas oportunidades de gol antes mesmo do ponteiro marcar 15 minutos da etapa final. Principal válvula de escape do time, Artur puxou contra-ataque e sofreu falta depois de jogada individual. Moisés cobrou forte e nas mãos de Tiepo.
Novamente Artur: com espaço, tentou o passe para Lucca, que sairia sozinho na cara do gol, mas desacelerou e deixou a bola com o goleiro. Uma outra boa chance do tricolor também saiu dos pés do camisa 98, que tentou bater ligeiro depois de um bate-rebate na área e chegou a tirar de Tiepo, mas a zaga Condá conseguiu tirar em cima da linha.
Quando o relógio já tinha passado dos 44 o Bahia ainda teve uma outra oportunidade em cabeçada de Clayson defendida por Tiepo, que bateu roupa, mas ninguém do Bahia conseguiu chegar para o rebote. No final das contas, o 0x0 só serviu para aumentar a sequência negativa do Esquadrão. Depois da Copa América, o time não venceu um jogo sequer. Já são sete jogos longe dos triunfos, quatro deles pelo Brasileirão. O sinal de alerta começa a acender.
Ficha Técnica
Campeonato Brasileiro | 12ª rodada
Chapecoense 0x0 Bahia
Estádio: Arena Condá | Data: 28 de julho de 2019
Chapecoense: Tiepo, Eduardo, Gum, Douglas (Maurício Ramos) e Bruno Pacheco | Márcio Araújo e Augusto | Campanharo e Camilo (Diego Torres) | Henrique Almeida (Arthur Gomes) e Everaldo
Bahia: Douglas, Ezequiel, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés | Gregore, Flávio e Eric Ramires (Shaylon) | Artur, Lucca (Fernandão) e Gilberto (Clayton)
Cartões Amarelos: Ezequiel | Márcio Araújo
Público: 5.780 pagantes
Arbitragem: Dewson Fernando Freitas da Silva, auxiliado por Bruno Boschilia e Hélcio Araújo Neves. VAR: José Cláudio Rocha Filho.
*Sob supervisão do subeditor Ivan Dias Marques / Correio 24h