Desde o início de 2022 até o último dia 15 de maio, 29 mulheres foram vítimas de feminicídio em todo o estado da Bahia. Isso significa que a cada período de menos de cinco dias uma mulher no estado perdeu a vida pelo simples fato de ser mulher.
Segundo a Polícia Civil, o número representa uma queda de 14% quando comparado aos feminicídios ocorridos no mesmo período de 2021, ano em que 232 casos de violência contra a mulher foram registrados.
O número, no entanto, não inclui casos, por exemplo, como os de Ariana Marques, de 27 anos, e Érica Bitencourt Santos, de 29 anos. Elas não se conheciam, mas foram vítimas de feminicídio no último domingo (29).
Ariana foi morta dentro de sua própria casa em Irecê, no norte do estado. O suspeito é o namorado da vítima, que usou uma faca para cometer o crime. De acordo com a polícia, ele chegou a mandar uma mensagem para a irmã de Ariana, alegando que matou a jovem porque estava sendo traída.
Já Érica foi atropelada no bairro da Boca do Rio, em Salvador, após negar um flerte a um rapaz. Ela chegou a ficar internada no Hospital Geral do Estado (HGE) e ter a perna amputada, mas não resistiu e morreu na última terça-feira (31).
O número não inclui também as tentativas de feminicídio, como o caso da influenciadora digital Laíza Reis, de 18 anos, que foi esfaqueada sete vezes pelo ex-namorado. O caso aconteceu em um evento realizado às margens da BR 324, em Riachão do Jacuípe. O caso aconteceu também no último domingo (29). Segundo a polícia, a tentativa de feminicídio teria acontecido depois que a jovem decidiu terminar o relacionamento com o então namorado. Laíza segue internada com estado de saúde estável e o agressor foi encaminhado ao Conjunto Penal de Serrinha, onde está à disposição da Justiça. (Metro1)