Biquíni liberado e garrafa de gin a R$ 2 mil: como é um beach club no Catar

Local inaugurado durante a Copa do Mundo recebe público com muito ou pouco roupa

É possível colocar o pé na areia e entrar no mar do Catar com os mesmos trajes que você está acostumado a vestir no Brasil e sem ninguém te olhar torto por isso. Mulheres de biquíni e homens sem camisa podem confraternizar com o público feminino com abaya (aquele tradicional túnica preta) e o hijab (lenço na cabeça). Todos dançam a mesma música no B12, beach club inaugurado em Doha durante a Copa do Mundo. O espaço continuará aberto após o fim do Mundial.

Para entrar, é preciso pagar 150 rials, aproximadamente R$ 222. O público forma fila do lado de fora da entrada na região de West Bay, onde estão concentrados os hotéis de luxo e muitas opções de gastronomia da capital do Catar. O local ainda também abriga enormes arranha-céus.

Do lado de dentro, o público tem inúmeras opções de diversão: poltronas confortáveis para tomar sol ou até mesmo descansar na sombra, um grande brinquedo inflável na água com uma série de desafios, pista de dança ao lado da mesa do DJ, sinuca e até pebolim ou totó, dependendo de qual região do Brasil você é.

Um dos grandes atrativos do local para o público não muçulmano é a venda liberada de álcool. Porém, como no resto do país, beber não é algo barato para quem ganha em real. Uma caneca de chopp sai, em média, por R$ 72, a garrafa de espumante custa R$ 520, e a de gin vai exigir que o interessado desembolse quase R$ 2230. Os driks clássicos, como Negroni, Morrito e Pina Colada, ficam na faixa dos R$ 90. Quem optar por água ou refrigerante vai gastar R$ 44 por latinha ou garrafinha.

Na parte da alimentação, o local oferece brunch com variada opções de salada, massa, prato tradicionais, além de hambúrguer, cachorro-quente e batata frita.

A reportagem do Terra visitou o local na companhia de Bruna Bardavid, influencer que mora no Catar há seis anos e começou a investir na divulgação do estilo de vida no país para ajudar a tirar dúvidas dos brasileiros. Ela também atua como receptiva dos compatriotas. “Todo mundo, sem exceção, que eu atendi até agora se surpreendeu positivamente com o Catar. Vem com uma percepção, mas muda quando chega aqui. É um país que ao mesmo tempo que é muito desenvolvido, preserva muito as tradições. É muito comum você encontrar um prédio ultramoderno, mas como alguma referência a história deles. Eles fazem essa conexão entre as raízes deles e a modernidade”, analisou.

“Me sinto muito segura como mulher no Catar, tenho a liberdade de ir e vir, sem medo. Eu trabalho, sou casada, tenho três filhos, frequento festas, tenho a vida normal”, completou. A influencer também rebate os mitos sobre vestimentas para mulheres no país da Copa: “O Catar tem um código de vestimenta mais conservador, então em alguns lugares a gente tem que usar ombros e joelhos cobertos, como locais fechados, prédios do governo e mesquitas. Temos que respeitar. Porém, como estamos em um beach club como esse, lugares internacionais, festivais… biquíni, roupa curta, ‘dress code’ (em português, código de vestimenta) liberado.”

O DJ convidado do dia sobe o som e todos são convidados a pisar na areia para curtir o começo de tarde no Catar. A temperatura na casa dos 27 °C, típica do outono catari, propicia que todos consigam aproveitar o dia de maneira agradável. (Terra)

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