Em café da manhã com jornalistas da mídia estrangeira, nesta sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou informações falsas para atacar a jornalista Míriam Leitão. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.
Na oportunidade, ele afirmou que jornalista integrou a luta armada contra a ditadura militar instalada no país em 1964 e dirigia-se à guerrilha do Araguaia quando foi presa, na década de 1970. O chefe de Estado também disse que Míriam mente ao afirmar que sofreu abusos e foi torturada na prisão.
“Ela estava indo para a guerrilha do Araguaia quando foi presa em Vitória. E depois (Míriam) conta um drama todo, mentiroso, que teria sido torturada, sofreu abuso etc. Mentira. Mentira — disse ele aos correspondentes de veículos estrangeiros”, disse.
A declaração foi feita pelo presidente após ser questionado por jornalistas sobre a exclusão da jornalista e do marido dela, o sociólogo Sérgio Abranches, que participariam da 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. O motivo, segundo a produção do evento, foi “para garantir a segurança dos convidados” no evento, após receberem uma petição de repúdio à presença deles devido a seu “viés ideológico e posicionamento”.
Na oportunidade, Bolsonaro acrescentou também que está “completamente aberto à liberdade de imprensa”. Em seguida, disse que Míriam Leitão deveria aprender a receber críticas como ele teria aprendido. Depois, colocou que a jornalista “tentou impor a ditadura no Brasil na luta armada”.
Para o presidente, Míriam serve a um “império” que não tem mais “aquela força que tinha no passado”. Com o celular na mão, o presidente exaltou o que chamou de “mídia completamente livre”, em referência às redes sociais. (Metro1)