O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a acusar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de ter manipulado o processo que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) para incriminá-lo. Segundo a Folha, Bolsonaro deu a declaração hoje (2), na saída de uma concessionária em Brasília, onde comprou uma moto.
Embora tenha dito ter “convicções” de que o governador interferiu nas investigações, Bolsonaro não forneceu evidências de que tenha havido manipulação.
“Quem está por trás disso? Eu não tenho dúvida: governador Witzel, que só se elegeu graças ao meu filho, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que colou nele o tempo todo. Chegando, um mês depois virou nosso inimigo. Começou a usar a máquina do estado para perseguir o Flávio, o Carlos [vereador e filho do presidente] agora também, o Hélio Negão [deputado federal], tudo quanto é amigo meu tão sendo investigados agora lá no Rio de Janeiro”, disse.
Bolsonaro também insinuou que a atuação do governador tenha se dado através do delegado da Polícia Civil que cuida do caso, chamado pelo presidente de “amiguinho de Witzel”.
“A minha convicção é de que ele agiu no processo para botar meu nome lá dentro. Espero agora que não queiram jogar para cima do colo do porteiro. Pode até ser que ele seja responsável, mas não podemos deixar de analisar a participação do governador. Como é que pode um delegado da Polícia Civil ter acesso às gravações da secretária eletrônica? Dado o depoimento do porteiro? Será que não teve a capacidade: ‘onde estaria o deputado numa quarta-feira?’ “, questionou.
Na quinta (31), a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nota negando qualquer interferência de Witzel no caso.
(Metro1)