“Desde 2015, não tínhamos um número tão grande de casos de dengue como já alcançamos esse ano. Se continuarmos nesse pico de calor, corremos o risco de termos surtos ou epidemias de doenças transmitidas por mosquitos,” o alerta é do Doutor Celso Granato, médico infectologista do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia.
Conforme o especialista, o problema é justificado pelo aquecimento global que tem contribuído para uma mudança no perfil de doenças como, dengue, zika e Chikungunya. Ele explica que, “a situação é reflexo da fragilidade dos vetores que sofrem com os efeitos das mudanças da temperatura. E, apesar de não resistirem por muito tempo, as altas temperaturas, os mosquitos se multiplicam rapidamente com o calor, e acabam fazendo mais vítimas”.
No entanto, a Organização Pan- Americana de Saúde (OPA), ligada a Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que em 2023 as Américas já registraram um aumento acentuado nos casos de dengue. Mais de 3 milhões de novas infecções foram registradas até então, superando os números de 2019 – de maior incidência registrada da doença na região, com 3,1 milhões de casos, incluindo 28.203 casos graves e 1.823 mortes.
Ainda conforme os dados, a maioria dos casos – mais de 2,6 milhões – foi registrada no cone sul, sendo o Brasil responsável por 80%.