Com crise no Rio Grande do Sul, governo eleva projeção da inflação para 3,7% em 2024

Segundo o governo, além da “a depreciação cambial recente”, a tragédia do estado gaúcho influencia em especial por conta dos preços dos alimentos

Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

O Ministério da Fazenda aumentou para 3,7% sua projeção de inflação para o fim de 2024. Parte disso foi influenciada pelos impactos da crise no Rio Grande do Sul. O dado foi publicado nesta quinta-feira (16), no Boletim Macrofiscal, produzido a cada dois meses pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda.

“Embora a inflação de maio e junho deva acelerar em repercussão à calamidade, o efeito nos preços tende a ser majoritariamente temporário, em grande medida compensado após a normalização da oferta desses alimentos. Assim, ainda que de maneira não-linear, a desinflação deverá seguir ocorrendo, sendo mais evidente nas medidas subjacentes, menos afetadas pelo evento climático e pela volatilidade cambial e nos preços de commodities. Para 2024, espera-se que a média dos núcleos de inflação fique em patamar próximo de 3,40%, ante 4,34% em 2023. Para os anos seguintes, espera-se inflação ao redor da meta de 3,00%”, diz o boletim.

Em março, a projeção para o ano era de 3,5%. Segundo o governo, além da “a depreciação cambial recente”, a tragédia do estado gaúcho influencia a inflação, em especial por conta dos preços dos alimentos. A preocupação maior é com aqueles produtos que estragam rápido, como carnes, arroz e aves, citados no boletim. A situação do estado traz dificuldade não só na produção, mas também no transporte para o restante do país.

“Os preços desses alimentos devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes”, esclarece boletim.

Fonte: Metro1

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