Comércio global deve alcançar nível recorde de quase US$ 32 tri em 2022

Agência da ONU indica que seu avanço tornou-se negativo durante o segundo semestre deste ano

Foto: Pixabay

O comércio global deve chegar a um patamar recorde de quase US$ 32 trilhões em 2022, conforme previu a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês). No entanto, o órgão indica que seu avanço tornou-se negativo durante o segundo semestre deste ano. As informações são do Estadão Conteúdo.

“O comércio global deve atingir um nível recorde de cerca de US$ 32 trilhões em 2022, sendo que o comércio de bens deve totalizar quase US$ 25 trilhões (um aumento de cerca de 10% em relação a 2021), enquanto o de serviços deve totalizar quase US$ 7 trilhões (um aumento de cerca de 15% em relação a 2021). Esses níveis recordes são em grande parte devido ao crescimento robusto no primeiro semestre de 2022”, disse.

Segundo estimativa, a deterioração das condições econômicas e o avanço das incertezas resultaram em uma desaceleração do comércio durante a segunda metade de 2022. “No entanto, o declínio no comércio global foi nominal, pois o volume do comércio continuou a aumentar ao longo 2022, um sinal de demanda global resiliente. Parte da queda no valor do comércio internacional durante a segunda metade do 2022 deve-se a uma diminuição dos preços dos produtos primários, especialmente da energia”, ressaltou.

Ademais, o documento traz que a demanda por mercadorias estrangeiras mostrou-se resiliente ao longo do ano atual, com volumes de comércio aumentando em 3%. “No terceiro trimestre de 2022, o valor do comércio global de mercadorias ficou significativamente acima dos níveis do terceiro trimestre de 2021, tanto para países em desenvolvimento quanto para países desenvolvidos. O comércio entre os países em desenvolvimento foi cerca de 13% maior que no mesmo período de 2021”, acrescenta.

Por outro lado, o relatório indica que atritos geopolíticos, inflação persistente e demanda global mais fraca devem refletir de forma negativa no comércio global ao longo de 2023. (baha.ba)

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