Deputada pede cassação de Eduardo Bolsonaro após parlamentar comparar professores a traficantes

Ele precisa ser responsabilizado”

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL) divulgou em suas redes sociais um abaixo-assinado em apoio a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL), após o parlamentar comparar professores a traficantes de drogas. No site da petição é reportado que o filho “03” de Jair Bolsonaro “protagonizou uma cena repugnante ao utilizar um evento armamentista como palanque para assediar, caluniar e perseguir o trabalho de educadores e educadoras”. 

“FORA BANANINHA! As falas de Eduardo Bolsonaro que associam professores a traficantes, além de criminosas, incentivam a violência e a perseguição de educadores. Ele precisa ser responsabilizado!”, disse a deputada em seu Twitter ao divulgar o link do abaixo-assinado. 

Eduardo Bolsonaro fez a declaração em um evento pró-armas em Brasília, no último domingo (9). No ato, ele afirmou não ter diferença entre “professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime” e que “talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação”.

De acordo com o texto presente na página, a fala do deputado bolsonarista ocorre em um cenário de aumento de “casos de violência contra as unidades de ensino” , e que não “é a primeira vez que a família Bolsonaro utiliza a retórica da suposta ‘doutrinação’ para disseminar ódio contra os educadores, colocando-os como alvos e inspirando um clima de tensão e hostilidade nas escolas, prejudicando o processo de ensino-aprendizagem e a saúde mental desses profissionais”.

Na segunda-feira (10),  Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) apresentaram uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Eduardo Bolsonaro. O deputado Idilvan Alencar (PDT) registrou uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Os parlamentares ingressaram também uma ação no  Conselho de Ética da Câmara Federal. Até o fechamento desta matéria, foram computadas 4090 assinaturas. A meta estipulada é de 6.000 assinaturas.

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