Acabou sem acordo a reunião entre os deputados para acabar com a paralisação do grupo de policiais militares que já dura três dias. O encontro aconteceu na tarde desta quinta-feira, 10, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), situada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), e contou com a presença do deputado estadual e presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), Soldado Prisco (PSC), que abandonou a sessão após negociação frsutrada.
Para pôr fim à greve, o governo do estado tentou negociar com Prisco por meio do deputado estadual Alex Lima (PSB). “Prisco acordou comigo que se alguém do governo recebesse o documento com demandas da categoria a paralisação seria suspensa. Espero que ele cumpra com sua palavra e ponha fim nessa manifestação”, pontuou.
A secretaria de Relações Institucionais, Cibele Carvalho também esteve na reunião e até recebeu as pautas do movimento, mas não forneceu garantia sobre nenhuma delas. Ela afirmou que não haverá diálogo com o “principal líder do movimento de paralisação de alguns policiais militares”.
“Não vamos negociar com Prisco e nem com a Aspra. Eu acho que o deputado Prisco deve ter ficado chateado quando dei o recebido no documento com as demandas do movimento. Deve ter sido por isso que ele saiu da sala. Hoje eu vim aqui apenas para isso, fui convidada pelo presidente interino da Casa para receber essas demandas e levar até o governador”, disse Cibele.
Uma nova assembleia da Aspra está marcada para esta quinta. Entre as reivindicações da associação estão melhorias do Planserv, cumprimento do acordo de 2014, solução para os problemas do novo sistema RH, reforma do estatuto, código de ética, periculosidade, auxílio-alimentação, reajuste da CET, plano de carreira, cumprimento de ordem judicial, e Isenção de ICMS para Aquisição de Arma de Fogo para PMs e BMs.
Indicativo de paralisação
Na última terça, 8, Prisco anunciou a greve de grupo de policiais militares em toda a Bahia. No entanto, a Polícia Militar negou a existência da paralisação.
Por meio de nota, o comando da PM afirmou que a notícia tinha apenas o intuito de causar um clima de insegurança na população. O governador Rui Costa também negou a greve e garantiu que não houve nenhuma adesão nos 417 municípios baianos.
Logo após o boato de greve, alguns crimes foram registrados no estado. Em Salvador, um atentado contra uma agência bancária é investigado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). A suspeita do órgão é que o ataque tenha relação com o grupo de policiais militares que anunciou a greve. (ATarde)