Ednaldo lamenta falta de diálogo e diz que não será candidato à presidência da CBF

Ednaldo Rodrigues. Crédito: Joédson Alves/Agência Brasil

Afastado da presidência da CBF por ordem judicial, Ednaldo Rodrigues falou publicamente pela primeira vez desde que deixou o cargo, e garantiu que não vai mais ser candidato à presidência da entidade.

“Tenho conversado muito com minha família e assumi um compromisso: meu tempo de disputas eleitorais acabou”, disse Ednaldo, em entrevista para a revista Veja.

A decisão de não participar da eleição foi comunicada no mesmo dia em que o Real Madrid anunciou a renovação do contrato do técnico Carlo Ancelotti. O italiano era cotado por membros da CBF para assumir o comando da Seleção Brasileira.

Afirmando ter uma espécie de acordo para que Ancelotti assumisse o Brasil a partir da metade do próximo ano – quando o contrato dele se encerraria no Real Madrid -, Ednaldo escolheu Fernando Diniz como técnico interino da Seleção. O treinador não vive bom momento e vem de derrotas nas Eliminatórias. Não se sabe se Diniz continuará no cargo.

Ednaldo Rodrigues foi presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF) por mais de duas décadas. Como vice-presidente da CBF, ele assumiu o principal cargo do órgão após o afastamento de Rogério Caboclo.

Em março de 2022, Ednaldo Rodrigues foi eleito presidente da CBF para um mandato de quatro anos, porém, no último dia 7 de dezembro, ele foi afastado do cargo após a Justiça anular o processo eleitoral.

Novas eleições devem ser convocadas na entidade e Ednaldo estava cotado para encabeçar uma das chapas na disputa. Um interventor foi nomeado até que o pleito seja realizado.

“Confio na Justiça e nos órgãos do esporte. Se a validade do TAC for reconhecida, buscarei diálogo com todos os atores para fazer as mudanças necessárias, até a eleição em 2025, da qual não participarei. A FIFA e a CONMEBOL já deixaram claro o risco de suspensão da seleção e dos clubes de qualquer atividade internacional, como inclusive aconteceu com outros países. Espero sinceramente que a situação não chegue a este ponto. Seria muito triste, não só para todos os jogadores e torcedores do Brasil, mas para toda comunidade que gira em torno do futebol e depende dele para viver”, completou o presidente afastado.

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