O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), e a sua esposa, Cláudia Cruz, são dois dos principais alvos de uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (3) pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios). Também são alvos Tadeu Filippelli, ex-vice-governador do DF, e Célia Filippelli, e mais dois alvos, identificados como Afrânio Filho e Afrânio Neto. As defesas dos acusados ainda não haviam se pronunciado até a publicação deste texto.
Além das diligências na capital federal, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado cumpre 20 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás. A ação tem apoio da Polícia Civil.
De acordo com a investigação, os crimes ocorreram entre 2012 e 2014. Filippelli e Eduardo Cunha, à época deputado federal pelo Rio de Janeiro, teriam recebido propina para alterar uma lei distrital e reduzir a alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do querosene da aviação.
Os investigados alteraram uma lei distrital de 1996 para reduzir o imposto de 25% para 12%. Há indícios de pagamento de propina pelas empresas Gol e Latam. Segundo a investigação, o ex-vice-governador teria usado o valor adquirido no esquema para comprar imóveis comerciais em Taguatinga.
O doleiro Lúcio Funaro está entre os colaboradores da investigação. Ele fez uma delação ao MPF (Ministério Público Federal), que foi homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal e, depois, compartilhada com o MPDFT.
A operação foi batizada de Antonov, que é o maior cargueiro de asa fixa do mundo.
(Com informações da revista Época e do portal G1)