Lançado nesta quinta-feira (23), o documentário “Menudo: Forever Young” traz o depoimento de alguns dos ex-integrantes do grupo que estourou na década de 1980.
Entre os relatos, eles revelam episódios de abuso sexual, bullying, escândalos com drogas e condições de trabalho opressivas.
Angelo Garcia conta no documentário que foi estuprado no quarto de um hotel, depois de receber álcool de um homem desconhecido, pouco após completar 11 anos de idade. Garcia permaneceu na banda de 1988 a 1990.
“Tudo que eu lembro era que eu, tipo, desmaiei. Quando acordei, estava nu e sangrando, então eu sabia que tinha sido penetrado. Eu tinha essas marcas de queimadura do tapete no meu rosto… estava muito confuso, não entendia”, conta.
Ele ainda afirmou que não foi a única vez que sofreu abuso enquanto fez parte do grupo. “Fui estuprado uma série de vezes, e essa era a maneira que os predadores se aproveitavam de mim.”
Os relatos dos ex-integrantes do Menudo são do período em que os artistas trabalharam com Edgardo Díaz, que eles descrevem como “empresário, produtor e pai adotivo”. Díaz, que ainda não se manifestou sobre as acusações feitas no documentário, sempre negou qualquer abuso enquanto empresariava o grupo.
“Menudo: Forever Young” está disponível no HBO Max. Segundo a sinopse, o documentário narra a ascensão e queda da mais icônica boy band latino-americana da história”. Além dos depoimentos de fãs, o documentário traz alguns ex-membros do grupo revelando, que por trás de todo o glamour da época, havia uma teia de abusos e exploração. (G1)