Em meio a crise, 123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial

Empresa anunciou recentemente que não vai emitir passagens ‘promo’

Crédito: Divulgação

A agência de viagens 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira (29). O requerimento ocorre nove dias após a empresa anunciar a suspensão de vendas e emissões das passagens “Promo”, com datas flexíveis, com embarques previstos entre setembro e dezembro de 2023.

Segundo o g1, o pedido foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Advogados da agência disseram que o pedido foi protocolado devido a fatores “internos e externos”, que “impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. A empresa afirma ainda que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”.

A suspensão da linha ‘Promo’ ocorreu no dia 19. A 123 Milhas chegou a dizer inicialmente que sua linha de pacote promocionais representava apenas 7% de todos os embarques feitos pela companhia em 2023 e que os demais produtos oferecidos seguiriam sem nenhuma alteração.

Apesar disso, a empresa realizou centenas de demissões nos úlrimos dias e e clientes afetados denunciaram que estavam impedidos de utilizar os vouchers oferecidos como reembolso pela empresa.

De acordo com o pedido de recuperação da 123 Milhas, os resultados do pacote “Promo” acabaram não sendo atingidos, porque a empresa esperava que os clientes também adquirissem outros produtos atrelados à viagem, mas que isso acabou não ocorrendo.

“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”, diz o pedido.

Além da insolvência do programa promocional, a 123 Milhas também ressalta que a crise da empresa foi agravada pelo “inesperado aumento e persistência dos altos dos preços das passagens no período pós-pandemia”. (correio24h)

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