O primeiro gol do Internacional sobre o Bahia no Beira-Rio gerou revolta no Tricolor. A arbitragem de vídeo, ao revisar o lance, considerou positiva a posição do volante Rodrigo Lindoso e gerou pedidos de torcedores tricolores pela anulação da partida. Ao fim do jogo, porém, o presidente Guilherme Bellintani deixou claro que não mergulharia na polêmica judicial.
Em busca do esclarecimento, o Bahia Notícias procurou Milton Jordão, especialista em Direito Esportivo. Segundo o advogado, o Esquadrão de Aço não pode impugnar o jogo porque não houve um erro de fato, quando há desconhecimento da regra do futebol.
“A princípio, o Bahia não vislumbra a hipótese de anulação de partida porque, no primeiro momento, não houve uma violação da regra do jogo. O que ocorreu é que houve um erro de fato. O erro de fato é quando o juiz comete um equívoco não por desconhecer a regra, mas comete um equívoco do caso concreto. Não se desconheceu, não se deixou de aplicar a regra”, declarou.
“No erro de direito, o árbitro, por deficiência técnica em relação a regra, não aplica a regra. Se ele desconhecesse o impedimento no futebol. Aí a hipótese seria de um erro de direito. No primeiro momento, não tem elementos para se pensar ou discutir uma ação de impugnação de partida”, acrescentou Jordão.
Através de um comentário na rede social Instagram, Bellintani reiterou o motivo de não ir aos tribunais.
“Meu caro, não é possível anular a partida salvo por erro de direito, o que não é o caso. Qualquer presidente que solicitar a anulação em um caso como esse já sabe que não vai ter sucesso. Seria apenas para fazer moral com a torcida fazendo jogo de cena. Acabamos de solicitar oficialmente as imagens do lance para, comprovado o erro, pedirmos punições severas. Qualquer pedido diferente disso seria para enganar”, postou.
Com a derrota para o Internacional, o Bahia encerrou a fase “pré-Copa América” do Campeonato Brasileiro com 14 pontos conquistados em nove rodadas.
por Ulisses Gama – Bahia Notícias