Entidades carnavalescas, artistas, músicos e parlamentares participaram do lançamento do manifesto por auxílio emergencial para os trabalhadores do Carnaval. O evento ocorreu na casa do Olodum, no Pelourinho, nesta quinta-feira (20).
Batizado “Carnaval é festa, trabalho e pão”, o documento reivindica uma compensação financeira para os trabalhadores que foram prejudicados pelo cancelamento da festa pelo segundo ano consecutivo, em detrimento do agravamento da pandemia.
O manifesto assinado por diversas representações culturais solicita ao Governo do Estado da Bahia e à Prefeitura Municipal da cidade de Salvador providências urgentes, dentre elas a criação do Auxílio Emergencial para o Carnaval de 2022, intitulado Lei Mário Gusmão, que contemple ao menos quatro parcelas, (março a junho) em valor semelhante ao do Auxílio Emergencial Nacional de R$ 600.
O manifesto propõe que o dinheiro usado para financiar a lei venha dos recursos públicos que seriam gastos com o carnaval em 2021. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), esse valor seria de R$ 130 milhões.
“Carnaval é festa, mas é trabalho e comida na mesa de muitos baianos. Sabemos que Salvador é uma cidade desigual, em que muito se trabalha e pouco se ganha. E dentro da prudente decisão da não realização da festa momesca, é necessário reconhecer o impacto financeiro para os grupos que vivem dela, e mais ainda, pensar políticas públicas que garantam a sobrevivência”, avalia Silvio Humberto.
Segundo o vereador, estes recursos serão destinados aos trabalhadores do Carnaval, cadastrados pela Prefeitura de Salvador, e à criação do Fundo de Desenvolvimento do Carnaval de Salvador, que irá propiciar recursos permanentes para apoio às entidades carnavalescas de caráter popular e comunitário, a exemplo dos blocos afros, afoxés e blocos de samba. (Metro1)