Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-deputado federal, Eduardo Cunha, responsável por aceitar e conduzir o processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff, declarou que, caso estivesse no poder atualmente, apoiaria o presidente Jair Bolsonaro. A entrevista, na qual Cunha antecipa esclarecimentos sobre os fato que aborda em seu livro “Tchau, Querida: O Diário do Impeachment”, foi ao ar na noite desta segunda-feira (12). O livro será lançado no próximo sábado (17).
No livro, conforme antecipado pelo repórter Bruno Boghossian, Cunha cita Jair Bolsonaro e o descreve de forma positiva, afirmando que ele sofre críticas injustas.
“Minha avaliação sobre Bolsonaro está de forma superficial, em cima de fatos concretos. Relato a sabotagem de Rodrigo Maia ao governo e o fato de que Bolsonaro sofre uma perseguição implacável de quase a totalidade da mídia”, diz Cunha.
Para o deputado cassado, quem elegeu Bolsonaro porque não queria a volta do PT tem a obrigação de dar a governabilidade a ele. “Se estivesse no poder, eu o apoiaria, com eventuais críticas pontuais, mas sempre estaria na posição oposta ao PT”.
“É preciso ter em conta que vivemos em uma dupla opção, entre o PT e o anti-PT. Nunca existiu terceira via em todas as eleições desde 1989 e não existirá na próxima. Não vejo ninguém para isso. Entre Bolsonaro e o PT, não tenho a menor dúvida de ficar com Bolsonaro. Qualquer opção é melhor que a volta do PT”, finaliza Cunha. (Bahia Notícias)