Exportações e importações baianas recuaram no primeiro trimestre deste ano

Especialista da Fieb, Carlos Peres lembra que, em função do desempenho do ano passado e de efeitos da pandemia, será difícil uma reversão desta tendência durante o ano

Com queda de 5,2% nas exportações no primeiro trimestre de 2023, a balança comercial fechou o período no negativo, segundo o estudo da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) intitulado Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (Raceb). As vendas ao exterior totalizaram US$ 2,47 bilhões. As compras de outros países tiveram queda maior frente a 2022 (10,8%), mas somaram em termos financeiros cerca de US$ 2,52 bilhões, superando as importações em US$ 54,7 milhões.

Para o especialista em Desenvolvimento Industrial da Fieb, Carlos Danilo Peres, ainda é cedo para fazer previsões, pois as grandes exportadoras baianas têm variações operacionais ao longo do ano. Mas, “este ano não teremos um desempenho tão favorável, pois o registrado o ano passado foi o maior da série história. Tivemos valores recordes e é difícil crescer sobre uma base já muito acrescida”.

O especialista lembra que as projeções do Banco Mundial indicam que o PIB mundial deverá crescer 1,7% este ano e o comércio mundial, 1,6%. O Brasil deve seguir a tendência global. “Além disso, ainda estamos passando por ajustes nas cadeias globais, em função dos efeitos da pandemia”.

Entre janeiro e março deste ano, os principais produtos vendidos para fora foram óleo combustível (25,2%), soja (10,6%) e celulose em pasta (9,2%). Apareceram como maiores mercados compradores a China (16,7%), Singapura (14,8%), EUA (10,5%), Canadá (7,6%) e Alemanha (6%).

Entre os produtos mais importados pode-se citar naftas para petroquímica (26,9%) e óleos brutos de petróleo (22,9%). Os maiores fornecedores para a Bahia foram Estados Unidos (21,5%), Espanha (12,4%), Angola (10,3%) e China (9,6%). (bahia.ba)

google news