A experiência do River Plate, presente em três finais da Copa Libertadores nos últimos cinco anos, não assusta Jorge Jesus. O técnico português fez elogios ao adversário da grande final deste sábado (23), às 17h (de Brasília), no Monumental de Lima, no Peru, mas disse estar confiante e relembrou uma profecia que fez antes de assumir o clube rubro-negro.
“No dia em que decidi treinar o Flamengo, falei para minha comissão preparar as malas que seríamos finalistas da Libertadores. Viemos com essa ideia. Chegamos à final contra um rival muito forte, com mais experiência. Mas isso não nos assusta. Sabemos o nosso valor”, afirmou, peremptoriamente, o treinador em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
Jesus colocou o Flamengo como o maior clube do mundo. Ele falou sobre o apoio maciço da apaixonada torcida do time rubro-negro, que lotou o aeroporto para se despedir do elenco, e disse que a ideia é pensar na paixão dos torcedores e não na pressão natural que existe pela importância da partida.
“O Flamengo é o maior clube do mundo. Não esportivamente, que é o Real Madrid. Mas a sua dimensão, levando em conta os adeptos [torcedores], é o maior clube do mundo”, opinou Jesus. “É uma nação atrás de um sonho. Amanhã [sábado] vamos tentar fazer exatamente isso. Temos a prioridade do prazer e da paixão, sem pensar na pressão para não ficarmos atrofiados. Trabalhamos com a vertente do prazer. A confiança e o prazer são o que nos move, sem pensar nas consequências positivas ou negativas da final”, continuou.
Com todo o elenco à disposição, o técnico português, assim como Marcelo Gallardo, não escondeu a escalação. O time entrará em campo com a tradicional escalação formada por: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Arrascaeta e Éverton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabriel.
“O Gallardo vai para sua terceira final. Ele sabe perfeitamente que não é numa final que o time vai deixar de ser aquilo que é como equipe e como ideia. Penso da mesma maneira. Se nada acontecer, nossa equipe é a mesma que vem jogando. Não há muito o que esconder”, garantiu.
A questão emocional também foi abordada na entrevista. Ele reconhece que o rival argentino pode levar vantagem em razão de ter maior experiência na competição e, por isso, se manter forte psicologicamente. No entanto, crê que um bom futebol bem jogado é o mais importante.
“O componente emocional está em todos os jogos, mas é maior nas grandes decisões. Normalmente, as equipes mais experientes são aquelas que já passaram por uma situação, que é o caso do River. Penso diferente. Tem coisas mais importantes, como o prazer de jogar bem”, comentou Jesus, que comparou a Libertadores com a Liga dos Campeões ao responder sobre o peso da final.
“Sinto a responsabilidade e o prestígio que tem uma Libertadores É um pouco semelhante ao que na Europa definimos na Champions. É um continente diferente. Dou dez passos na frente. Na Champions, nunca cheguei na final”.