Jerônimo critica falta de apoio do governo Bolsonaro para obras da ponte Salvador-Itaparica

“Se nós tivéssemos no governo do presidente Lula, com certeza nós não precisaríamos buscar empresas tão longe”

Foto: Reprodução

A construção da ponte Salvador-Itaparica segue sem data para ser iniciada. Nesta segunda-feira (21), Jerônimo Rodrigues (PT) criticou a falta de apoio da antiga gestão do governo federal para impulsionar as obras do empreendimento na capital baiana. Para a imprensa o governador afirmou ainda que as tratativas com o consórcio chinês para tirar o projeto do papel já foram iniciadas.

“Naquele momento em que nós concluímos o projeto da ponte Salvador-Itaparica, se nós tivéssemos no governo do presidente Lula, com certeza nós não precisaríamos buscar empresas tão longe. Faltou, naquele momento, o apoio do governo federal para nos ajudar a negociar. Assim que o presidente Lula voltou, da nossa primeira visita à China, ele mesmo colocou [o projeto] à mesa com o presidente chinês, depois escreveu uma carta pedindo apoio para que esse projeto saísse”, disse Rodrigues no evento que autorizou a licitação para obras nos bairros do Bonfim, Boa Viagem e Massaranduba, em Salvador.

Sobre os valores investidos para a Ponte, Jerônimo destaca que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para cofinanciar o projeto, assinado em 2020 pelo então governador Rui Costa (PT).

“Ele [Lula] só não fez isso como também colocou o BNDES, o Banco do Nordeste para cofinanciar esse projeto. Fizemos na quarta-feira uma reunião no BNDES para ver com o consórcio chinês se nós conseguimos colocar uma linha de crédito que possa responder a demanda do consórcio, e assim, conseguir ajudar o consórcio a ter orçamento para começar as obras”, destacou.

Atualmente, o valor da Ponte Salvador-Itaparica gira em torno dos R$ 13 bilhões. Antes da pandemia, o montante estimado era de R$ 7 bilhões. Para jornalistas, Jerônimo pontuou que um novo processo de licitação para a obra poderá ser feito, caso seja percebida “muita demora” no contrato atual.

“Agora com o governo federal ao nosso lado, nós podemos fazer isso. É preciso fazer uma equalização e nós entendemos isso. Estamos colocando a disposição do consórcio a debruçar sobre isso. Assim que nós tivermos essa resposta nós vamos dar e hora marcada e se tiver algum empecilho que a gente perceba que vai demorar muito, tenho certeza que eu tomarei a decisão de destratar e fazer um novo processo de licitação”, completou.

(Bahia.ba)

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