O novo atraso na implementação das câmeras nas fardas de policiais militares comunicado pelo governador Jerônimo Rodrigues no último sábado (13) decepcionou organizações que acompanham o processo desde a sua licitação. Em dezembro, Jerônimo projetou a presença do equipamento no fardamento já no Carnaval, mas voltou atrás. Ao todos, seriam utilizadas 1,3 mil câmeras, sendo 1,1 mil da empresa vencedora da licitação e 200 fornecidas pelo Governo Federal ao estado.
O governador explicou que o Governo pediu mais tempo, mas não deu detalhes sobre as câmeras vindas da empresa, que chegariam no início do ano. Wagner Moreira é coordenador da organização civil Ideas Assessoria Popular, que participou do processo de licitação e da prova-conceito da empresa. Para ele, há desorganização no processo de implantação das câmeras por parte da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), que não convidou organizações para esta etapa.
“Assim como houve abertura para acompanhar o processo de licitação, deveria haver a possibilidade de participar do processo de implementação, discutindo sobre o formato. A abertura para que a gente participasse da licitação foi importante, mas a gestão falha em não dar continuidade a isso, discutindo sobre o formato. E falha duplamente porque faz na base do improviso e não do planejamento e de quem sabe o que vai fazer a partir de agora”, reclama Wagner.
A SSP-BA divulgou o resultado da licitação para a contratação das câmeras no dia 6 de dezembro de 2023. Após a formalização e assinatura do contrato, a empresa vencedora, a paulista Advanta Sistema de Telecomunicações e Serviços de Informática, teria 60 dias para fornecer as primeiras 1.100 câmeras, totalizando 3.300 em um ano. (Correio)